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Veja as previsões catastróficas que o nosso Doge fez na virada do milênio

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Entre dois milênios

Diogo Mainardi

Publicado na Veja - Edição 1.630, de 5 de janeiro de 2000

Vou morrer em 2035. É um dado estatístico irrefutável, de acordo com um teste que fiz no suplemento feminino de um jornal. Levando em conta a minha data de nascimento, os meus hábitos alimentares, o país onde vivo, a falta de exercícios físicos, a taxa de colesterol, os avanços da ciência e a idade em que morreram os meus avós, chego aos 73 anos. Pessoalmente, acho pouco. Acharia pouco mesmo que me garantissem 150 ou 200 anos de vida. Porque esse troço de morrer é meio besta. Discordo da morte. Considero-a totalmente desnecessária. A eutanásia, por exemplo. Claro que sou favorável, mas jamais pensaria em me submeter a ela. Em vez de morrer, prefiro passar o resto da eternidade num leito de hospital, com dores tremendas, cego, com os braços e as pernas amputados, dando trabalho aos meus parentes. Pode ser que a morte faça algum sentido para quem acredita em alma, em paraíso, em mula-sem-cabeça. Eu nunca acreditei nessas coisas. A morte, para mim, é inútil e ilógica. Eu a aboliria.

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