#ProtecionismoDosOutros
Consenso internacional aponta Trump como culpado da desglobalização; só que o economista-chefe do Banco Mundial discorda
Para os economistas, parece consenso que o mundo vive uma onda de desglobalização.
Mas até aí, né, estagiário, basta olhar o mundo à nossa volta, com Trump à frente, rejeitando a ordem forjada no pós-Guerra – dizem o leitor e a leitora de NEIM com seu volume de Timothy Snyder na cabeceira, enquanto sorve uma chávena de chá no conforto de sua casa (para quem ainda não leu Snyder, pode começar com uns volumes disponíveis na Livraria [trabalhar cansa]) .
Ora, ora, ora.
A surpresa é que a onda de desglobalização não é obra e graça de Donald Trump, o vilão favorito dos telejornais, comentaristas políticos da imprensa mainstream e de economistas desempregados, como Paul Krugman, o Nobel de Economia que está cada vez mais parecido com o Velho do Restelo (voltaremos a ele, Krugman, daqui a alguns parágrafos; ao Velho do Restelo só depois que terminar de ler Camões).
Quem aponta o pecado original da desglobalização – com as tarifas escalando mundo afora – é o insuspeito Indermit Gill, o economista indiano que está empregado e bate cartão no Banco Mundial, instituição que é parte integrante do edifício da globalização.