Uma semana depois de censurar meu velho site, que revelou seu codinome no departamento de propinas da Odebrecht, Dias Toffoli deu uma entrevista vergonhosa ao Valor, defendendo a censura prévia:
“Se você publica uma matéria chamando alguém de criminoso, acusando alguém de ter participado de um esquema, e isso é uma inverdade, tem que ser tirado do ar. Ponto. Simples assim”.
O bananeiro disparou essas bananices antes que seu cupincha, Alexandre de Moraes, fosse obrigado a reconhecer que nossa reportagem era perfeitamente verdadeira, porque se baseava num depoimento do corruptor confesso Marcelo Odebrecht.
Dias Toffoli, porém, embriagado pelo poder - e embriaguez, aqui, é apenas uma metáfora -, resolveu passar para a calúnia, dizendo:
“Tem que lembrar quem financia esses sites. Isso não é imprensa livre. É imprensa comprada”.
A calúnia acabou se transformando em assédio - e assédio é outra metáfora, como podem testemunhar as repórteres que conhecem o ministro.