A voz do POLVO é a voz de DEUS!!!
E eu que achava que ter um presidente chamado “Messias” já era preocupante. Mas eis que Lula surge reinterpretando o papel como se o Jair fosse só o ensaio para o verdadeiro espetáculo.
Não sei, talvez tenha sido em algum ponto entre a prisão em Curitiba e o Planalto em Brasília que Lula tenha transcendido a carne.
A Paraíba testemunhou a última epifania vinda na tentativa de reescrever as tábuas:
"Deus deixou o sertão sem água porque sabia que eu seria presidente".
Uma declaração digna do Deus do Antigo Testamento, aquele bem raiz, que castigava primeiro e explicava depois.
Na lógica do Lula, esse Deus fez o povo paraibano penar por 179 anos só pra que o Redentor de Garanhuns pudesse chegar como salvador.
Aliás, já que estamos redesenhando mapas, que tal rebatizar Salvador para Luiz Inácio? Coerência, certo?
Lula é um “PAC”-Man, devorando obras como quem corre atrás das migalhas que deixamos nos canteiros por onde ele passa.
Inclusive, essa epifania não foi a primeira! Na questão das dívidas estaduais, a generosidade foi milagrosa. Ele assumiu de vez o papel de Cristo 2.0 e disse:
"O que nós fizemos para os estados que não pagavam a dívida talvez só Jesus Cristo fizesse".
Ou seja, se Jesus voltasse hoje e tentasse renegociar a dívida de Minas Gerais, ele ainda teria que consultar o BNDES e se reunir presencialmente com ministro.
Não pense que isso começou agora. Voltemos a 2018 quando nos avisou:
Uma ideia fixa com mandato, vaidade, e um histórico de frases que fariam qualquer profeta do Velho Testamento pedir reserva num sanatório.
A ideia de poder daquelas que não saem da cabeça, nem com habeas corpus preventivo.
Seria ele a reencarnação de Getúlio, de Moisés e de Marx ao mesmo tempo? Talvez um toque de pai de santo e um cheirinho de pinga de 2 conto?
Talvez seja inveja minha. Ele realmente teve feitos milagrosos. Lula já foi eleito, reeleito, preso, solto, descondenado, reeleito de novo, canonizado por seus seguidores e crucificado até por antigos apoiadores, né Ciro?
Mas parece que só ele mesmo ainda não se deu conta de que existe uma diferença entre protagonismo histórico e síndrome de Profeta.
Jesus multiplicou os peixes. Lula multiplicou os ministérios.
Jesus ressuscitou Lázaro. Lula ressuscitou o centrão.
Jesus andava sobre as águas. Lula, se duvidar, tentou fazer um transatlântico no São Francisco com o nome de Marolinha I.
Falta modéstia, mas sobra coragem – ou descolamento da realidade – pra colocar Deus, o povo e a história como coadjuvantes do verdadeiro protagonista: ele mesmo.
O primeiro filme foi “Lula: O Filho do Brasil”. Provavelmente veremos uma sequencia chamada “Lula: A Paixão Segundo Ele Mesmo”.
Também fiz um vídeo falando sobre isso. Dá uma olhada!
Brilhante. Ainda aprendi um pouco de teologia católica. Muito bom, mesmo.
O pacto do lula é com o demo.