O mundo ainda não percebeu a revolução ocorrida na madrugada da última terça-feira. Donald Trump não apenas ganhou o pleito americano ou mudou o jeito de fazer política. Ele alterou o modo como entendemos a realidade.
Esqueçam os clichês progressistas segundo os quais Trump e seu eleitorado seriam “populistas”, “xenófobos” e “nacionalistas”. Isso é uma retórica reacionária de uma imprensa “iluminada” que recebeu a sua ordem de demissão sumária há poucos dias.
Afinal de contas, segundo essa patota, ver o mundo pelos prismas ideológicos é um vício transformado em virtude, mas tal postura somente prova que os jornalistas, em especial os brasileiros, são uns pobres-diabos. Anseiam por esse mecanismo de sobrevivência psíquica porque simplesmente morrem — e não falo apenas em termos profissionais — se aceitarem a realidade tal como ela é.
O que o “círculo de sábios” não percebe é que a resistência representada por Donald Trump não é algo próprio das categorias “direita” ou “esquerda”. Trata-se da oposição de pessoas de carne e osso que possuem divergência em muitas coisas, mas também têm um interesse em comum: o desejo de que o Estado não prejudique mais suas vidas.