#SaiaDoWhatsAppDaniela

O maior erro dos jornalistas atuais é acreditar que são os donos da verdade.

Ontem a repórter Daniela Lima deu uma barrigada inacreditável. Hoje ela ensaiou um mea culpa, mas ao invés de assumir o erro, preferiu justificá-lo, mandando um recado para o que ela chama de “meus detratores”.

Daniela garante aos “seus detratores” – espero não estar incluso – que anda de “mãos dadas com os fatos”. Mas ontem, infelizmente, os fatos fugiram das mãos de Daniela.

Todo repórter corre o risco de divulgar uma informação errada. Jornalismo não é ciência exata.

Mas é possível se precaver. Basta checar a informação antes de divulgá-la.

O problema é que, na ânsia de divulgar uma notícia que confirma suas crenças, alguns repórteres, como Daniela, queimam etapas. Querem chegar primeiro na corrida pela notícia. Querem se tornar protagonistas na construção do que consideram um mundo mais justo e democrático. Mas há uma linha tênue entre a realidade dos fatos e o desejo de que essa realidade se molde aos interesses do repórter que está narrando a notícia.

Outro problema, mais grave, é a promiscuidade com a fonte, fazendo com que o jornalista se torne incapaz de censurar atos desonestos por conta de um sentimento de solidariedade.

Esse é o perigo de ler, ao vivo, as mensagens de WhatsApp recebidas de autoridades que, nem sempre estão interessadas em construir um mundo mais justo e democrático. Na maioria das vezes, querem apenas impulsionar seus próprios fatos ou prejudicar algum desafeto.