Viés ideológico tem a mídia, que tratou de forma caricata e exagerada um simples sermão no interior do país. Se ele tivesse orado para livrar o país do fascismo, estaria sendo aplaudido.
Talvez o Bispo, inspirado em Karol Wojtila, esteja falando do "comunismo" histórico real vivido pelo países da cortina de ferro, marcado por censuras, perseguições políticas, uma classe dominante e corrupta ditando os rumos do país, a imprensa comprada usada como aparelho ideológico , as máfias e facções criminosas financiando boa parte da oligarquia política etc. Mas, claro, isto não acontece no Brasil...
Ou, simplesmente, ele falou de forma banal pra um público dentro de um estádio que achou que era um jogo de futebol. Sendo ele um bispo experiente, imagino que ele iria envelopar melhor a mensagem se fosse o que você achou que fosse.
Não significa que o Dino ou quem mais citar sendo comunistas que o Brasil está virando a Venezuela. Estamos nesse papo desde 64 e isso nunca aconteceu.
Conheço o conto. Repito: estamos neste papo desde 64. O PCC é algo que eu ouço desde meados dos anos 2000. Estão todos com os ânimos à flor da pele e isso pode atrapalhar a interpretação de algumas coisas
Sou profissional da área do direito, com 35 anos de experiência ininterrupta (inclusive na área do direito penal). Nunca vi nada disso antes. Nem parecido com isso... Quando o direito constitucional vai para o lixo...todo o resto já foi...
Eu não tenho uma puta duma experiência nesse setor, hahahahah... Apesar disso, sou filho de advogados e tenho as minhas curiosidades. Nisso concordamos. Apesar de eu achar que estamos longe de ser comunistas, realmente está havendo uma abordagem esquisitíssima, no mínimo, pra como estão sendo conduzidas as coisas. Inclusive, já escrevi aqui sobre. Mas ainda acho que São coisas diferentes.
O comunismo é retratado em alguns livros do próprio Dostoievski como a falta de Deus, comunistas eram ateus, não todos os ateus, mas sempre ou quase sempre ateu. Então a fala do bispo não está exagerada em sua totalidade...
A quem observa que hoje vemos muitos atos ateus fantasiados de progressismo, e não sempre, mas quase sempre de alguém que defende o comunismo. A nem uma semana vimos um atentado que levou várias crianças dentro de uma igreja, o atirador era extremista, nas manchetes "armas legalizadas", será que essa fala do bispo é um delírio bolsogadista das profudenzas das teorias da conspiração ou existe uma verdade profunda nisso que doemos a enxergar?
Dúvida: pode ser que vc não concorde comigo e tenta apontar pra minha ignorância no assunto o fato de você simplesmente não assumir que é um exagero do bispo?
Minha intervenção não advém de uma mera discordância de fé — que, como bem pontua, é uma esfera pessoal —, mas da percepção de que a análise histórica não pode se dar à margem da dimensão religiosa que, por vezes, moldou e ainda molda eventos e sociedades.
Quando o bispo pede que Nossa Senhora livre o país do comunismo, ele não está isolado num exagero. A fé, e a intercessão divina a ela associada, tem um peso histórico inegável.
Recordo-lhe a Batalha de Lepanto, onde a vitória cristã sobre o Império Otomano foi amplamente atribuída à intercessão de Nossa Senhora do Rosário, após um fervoroso pedido de oração do Papa Pio V, ou a resiliência e o papel da fé na queda da União Soviética, um regime que ativamente buscou erradicá-la, mas que viu a Igreja e a fé popular persistirem e, de diversas formas, contribuírem para sua derrocada.
Estes não são meros contos, mas fatos históricos que transcendem a subjetividade de uma crença individual.
Para um bispo, orar contra o comunismo não é uma excentricidade, mas um dever intrínseco à doutrina da Igreja, que historicamente se posicionou de forma contundente contra ideologias que negam a dignidade humana e a liberdade religiosa. Ignorar isso é desconsiderar séculos de ensinamento e ação eclesiástica.
Portanto, a "ignorância" que talvez apontei não é sobre o seu viés ideológico, mas sobre a simplificação de fatos históricos que parecem, para quem os estuda, intransponíveis.
Diferente do Brasil, onde "até o passado é incerto", esses eventos se impõem pela sua obviedade e impacto. Não se trata de uma "narrativa" qualquer, mas de um registro que demonstra como a fé esteve, e está, indissociavelmente ligada aos destinos da humanidade.
Se o "milagre político" soa cético para alguns, para outros, o papel da fé na história é um pilar de compreensão do mundo.
E é por essa perspectiva que a crítica ao "radicalismo dos dois lados" pode soar incompleta quando desconsidera as raízes históricas e doutrinárias de certas posições.
Você tem razão ao destacar que a fé teve papel relevante em vários momentos históricos e que a Igreja sempre se posicionou contra o comunismo. Eu mesmo apontei que fé e política já foram uma mistura perigosa.
Porém, minha crítica não foi a esse contexto, até porque você trouxe exemplos de 500 anos atrás. Assim como acho exagerado um bispo usar o comunismo em 2025 como ameaça concreta, também acho exagerado recorrer a cinco séculos de distância para sustentar esse ponto.
No Brasil de hoje, justamente na semana do julgamento do suposto golpe, insistir no comunismo como perigo real me soa forçado e conveniente demais.
Ainda assim, fica a pergunta que não foi respondida: você consegue admitir que houve exagero na fala do bispo?
Agradeço por reconhecer a relevância histórica da fé e o posicionamento da Igreja Católica frente ao comunismo. Sua concessão já é um ponto de partida valioso para aprimorar nosso entendimento mútuo.
Todavia, sua objeção à temporalidade dos exemplos históricos que apresentei – classificando-os como "500 anos atrás" e, portanto, distantes da realidade de 2025 – merece uma reflexão muito mais profunda.
A história, sobretudo a de instituições milenares como a Igreja, não é uma coleção de eventos isolados, mas uma tapeçaria onde os fios do passado se entrelaçam continuamente com o presente.
A Batalha de Lepanto e a queda da URSS não foram meras ocorrências cronológicas, mas marcos que ilustram princípios perenes, como a crença na intercessão divina e a oposição histórica da Igreja a ideologias que considera contrárias à sua doutrina e à dignidade humana.
Para um bispo, a atuação não se restringe à conjuntura política imediata. Ele fala a partir de um magistério que se estende por séculos, e sua preocupação com o "comunismo" – entendido não apenas como um sistema de governo, mas como uma corrente filosófica e social – é consistente com as diversas encíclicas papais e a doutrina social da Igreja que há muito tempo condenam o ateísmo de Estado e a supressão da liberdade religiosa.
Definitivamente, não é uma conveniência momentânea, mas uma fidelidade doutrinária.
A questão do "exagero" é, portanto, o cerne de uma distinção fundamental de perspectivas.
O que para o observador externo, com uma visão secular e focada na política do dia a dia, pode soar como uma HIPÉRBOLE DESCONEXA com a realidade atual de uma ameaça comunista no Brasil, para um líder religioso é a expressão de uma VIGILÂNCIA PASTORAL e TEOLÓGICA.
Ele não está (ou não deveria estar) fazendo uma análise de inteligência política para o governo, mas sim emitindo um alerta para seus fiéis, a partir de sua compreensão de mundo e da história da Igreja.
Impor que sua fala seja "exagero" é, de certo modo, tentar enquadrar uma preocupação de natureza doutrinal e histórica em uma régua estritamente política e temporal, desconsiderando a continuidade de uma cosmovisão que, para os crentes, é intrinsecamente real e perene.
A sua busca pela liberdade de expressão e a crítica à narrativa "Lulopetismo x Bolsonarismo" são legítimas, mas essa mesma liberdade e busca por verdade não podem desconsiderar as bases históricas e doutrinais de posicionamentos que, embora possam parecer "antigos", ainda ressoam e são relevantes para parcelas significativas da população.
A história não é uma sequência de capítulos isolados que podemos fechar quando nos convém. Ela é viva, e suas lições, mesmo as de quinhentos anos atrás, continuam a iluminar o presente, especialmente quando se trata de instituições que carregam milênios de tradição e doutrina.
O bispo, em sua função, age nessa continuidade histórica. E a recusa em reconhecer isso não é uma questão de fé, mas de uma interpretação seletiva da complexidade histórica e da pluralidade de discursos.
Entendo sua perspectiva e respeito a tradição da Igreja como continuidade histórica. Mas minha crítica não é sobre doutrina em si, e sim sobre o uso dela em 2025, no Brasil, para ressuscitar um inimigo inexistente no cenário político atual. É nesse ponto que chamo de exagero e é nele que discordamos.
Quem está num culto católico já está nos preceitos da igreja. Desnecessário jogar pra plateia do jeito que jogou. Não parece dogmas da igreja, parece dogma político.
Entendo seu ponto de vista e concordo, a missa não é lugar para falar das coisas mundanas. O “livrai-nos do mal” já estaria bom, o comunismo estaria implícito aí… Eu estava pensando mais nos posicionamentos dos católicos fora das missas.É muita incoerência apoiar quem apoia seus perseguidores.
Ainda escolho o altar católico.
😀👍
"polarização, exagero e falta de senso de humor."- Isso é crítico,realmente chegamos no fim da linha.
Pois é...
Se nao houvesse religiao, consequentemente nao haveria esse tipo de problema!
Ah, mas aí é só especulação
Sou agnóstica a tudo.
A Santa Igreja falhou na minha educação, rs. 😱 Anos de catequismo e nada…Não me convenceram! 😂
PS: …” não quero luxo, nem lixo
Quero gozar no final”…
E olhe que até isso está difícil!
Livrai-nos de quem nós governa com viés político-eleitoral
Ou seja, todos eles
Viés ideológico tem a mídia, que tratou de forma caricata e exagerada um simples sermão no interior do país. Se ele tivesse orado para livrar o país do fascismo, estaria sendo aplaudido.
Viés ideológico tem os dois.
Mas só um é tratado como aberração.
Nada disso, todos são. A narrativa está aí, é só escolher o lado que dá mais conforto.
Todos são tratados como aberração por você e pelo Neim, não pela maior parte da mídia. Essa foi minha observação.
Deveria ter pedido isso sim. Livrai-nos do fascismo de esquerda, de direita, de cima e de baixo, do comunismo e da demogracinha...
Resumindo, livrai-nos do Brasil.
Concordo.
Talvez o Bispo, inspirado em Karol Wojtila, esteja falando do "comunismo" histórico real vivido pelo países da cortina de ferro, marcado por censuras, perseguições políticas, uma classe dominante e corrupta ditando os rumos do país, a imprensa comprada usada como aparelho ideológico , as máfias e facções criminosas financiando boa parte da oligarquia política etc. Mas, claro, isto não acontece no Brasil...
Ou, simplesmente, ele falou de forma banal pra um público dentro de um estádio que achou que era um jogo de futebol. Sendo ele um bispo experiente, imagino que ele iria envelopar melhor a mensagem se fosse o que você achou que fosse.
Dino é comunista (ele diz isso e o patrão dele também). E ele é bem mais visível do que o ET de Varginha.
Um lembrete: a URSS acabou...e São João Paulo II já dizia que a intercessão de Nossa Senhora Mãe Maria teve tudo a ver.
Oscar, tu precisas trabalhar mais a tua fé. Sai da cidade grande, contempla a obra de Deus...
Não significa que o Dino ou quem mais citar sendo comunistas que o Brasil está virando a Venezuela. Estamos nesse papo desde 64 e isso nunca aconteceu.
Preste mais atenção no STF...
E no que foi descoberto recentemente acerca do PCC...
A coisa acontece bem devagar...não convém subestimar isso aí que está acontecendo aos olhos de todos...
Tem aquele conto do sapo na panela colocada no fogo...quando percebe, já cozinhou, viu Oscarito?
Conheço o conto. Repito: estamos neste papo desde 64. O PCC é algo que eu ouço desde meados dos anos 2000. Estão todos com os ânimos à flor da pele e isso pode atrapalhar a interpretação de algumas coisas
Sou profissional da área do direito, com 35 anos de experiência ininterrupta (inclusive na área do direito penal). Nunca vi nada disso antes. Nem parecido com isso... Quando o direito constitucional vai para o lixo...todo o resto já foi...
Eu não tenho uma puta duma experiência nesse setor, hahahahah... Apesar disso, sou filho de advogados e tenho as minhas curiosidades. Nisso concordamos. Apesar de eu achar que estamos longe de ser comunistas, realmente está havendo uma abordagem esquisitíssima, no mínimo, pra como estão sendo conduzidas as coisas. Inclusive, já escrevi aqui sobre. Mas ainda acho que São coisas diferentes.
Sobre o tema, convém dar uma olhada nisso: https://youtu.be/m0f7udQZ46c?si=x5mHmva2eYpEJZD8. Muito interessante.
O comunismo é retratado em alguns livros do próprio Dostoievski como a falta de Deus, comunistas eram ateus, não todos os ateus, mas sempre ou quase sempre ateu. Então a fala do bispo não está exagerada em sua totalidade...
A quem observa que hoje vemos muitos atos ateus fantasiados de progressismo, e não sempre, mas quase sempre de alguém que defende o comunismo. A nem uma semana vimos um atentado que levou várias crianças dentro de uma igreja, o atirador era extremista, nas manchetes "armas legalizadas", será que essa fala do bispo é um delírio bolsogadista das profudenzas das teorias da conspiração ou existe uma verdade profunda nisso que doemos a enxergar?
Não façamos de uma exceção uma regra. Louco existe pra tudo quanto é lado. Me admira o bispo fazer isso a dois dias do julgamento do Bolsonaro
Não ter fé é um problema seu, mas como você escreve aqui, não tendo conhecimento básico para tratar de certos assuntos, aí já é um problema nosso!
Dúvida: pode ser que vc não concorde comigo e tenta apontar pra minha ignorância no assunto o fato de você simplesmente não assumir que é um exagero do bispo?
Prezado Oscar,
Minha intervenção não advém de uma mera discordância de fé — que, como bem pontua, é uma esfera pessoal —, mas da percepção de que a análise histórica não pode se dar à margem da dimensão religiosa que, por vezes, moldou e ainda molda eventos e sociedades.
Quando o bispo pede que Nossa Senhora livre o país do comunismo, ele não está isolado num exagero. A fé, e a intercessão divina a ela associada, tem um peso histórico inegável.
Recordo-lhe a Batalha de Lepanto, onde a vitória cristã sobre o Império Otomano foi amplamente atribuída à intercessão de Nossa Senhora do Rosário, após um fervoroso pedido de oração do Papa Pio V, ou a resiliência e o papel da fé na queda da União Soviética, um regime que ativamente buscou erradicá-la, mas que viu a Igreja e a fé popular persistirem e, de diversas formas, contribuírem para sua derrocada.
Estes não são meros contos, mas fatos históricos que transcendem a subjetividade de uma crença individual.
Para um bispo, orar contra o comunismo não é uma excentricidade, mas um dever intrínseco à doutrina da Igreja, que historicamente se posicionou de forma contundente contra ideologias que negam a dignidade humana e a liberdade religiosa. Ignorar isso é desconsiderar séculos de ensinamento e ação eclesiástica.
Portanto, a "ignorância" que talvez apontei não é sobre o seu viés ideológico, mas sobre a simplificação de fatos históricos que parecem, para quem os estuda, intransponíveis.
Diferente do Brasil, onde "até o passado é incerto", esses eventos se impõem pela sua obviedade e impacto. Não se trata de uma "narrativa" qualquer, mas de um registro que demonstra como a fé esteve, e está, indissociavelmente ligada aos destinos da humanidade.
Se o "milagre político" soa cético para alguns, para outros, o papel da fé na história é um pilar de compreensão do mundo.
E é por essa perspectiva que a crítica ao "radicalismo dos dois lados" pode soar incompleta quando desconsidera as raízes históricas e doutrinárias de certas posições.
Você tem razão ao destacar que a fé teve papel relevante em vários momentos históricos e que a Igreja sempre se posicionou contra o comunismo. Eu mesmo apontei que fé e política já foram uma mistura perigosa.
Porém, minha crítica não foi a esse contexto, até porque você trouxe exemplos de 500 anos atrás. Assim como acho exagerado um bispo usar o comunismo em 2025 como ameaça concreta, também acho exagerado recorrer a cinco séculos de distância para sustentar esse ponto.
No Brasil de hoje, justamente na semana do julgamento do suposto golpe, insistir no comunismo como perigo real me soa forçado e conveniente demais.
Ainda assim, fica a pergunta que não foi respondida: você consegue admitir que houve exagero na fala do bispo?
Caro Oscar!!!
Agradeço por reconhecer a relevância histórica da fé e o posicionamento da Igreja Católica frente ao comunismo. Sua concessão já é um ponto de partida valioso para aprimorar nosso entendimento mútuo.
Todavia, sua objeção à temporalidade dos exemplos históricos que apresentei – classificando-os como "500 anos atrás" e, portanto, distantes da realidade de 2025 – merece uma reflexão muito mais profunda.
A história, sobretudo a de instituições milenares como a Igreja, não é uma coleção de eventos isolados, mas uma tapeçaria onde os fios do passado se entrelaçam continuamente com o presente.
A Batalha de Lepanto e a queda da URSS não foram meras ocorrências cronológicas, mas marcos que ilustram princípios perenes, como a crença na intercessão divina e a oposição histórica da Igreja a ideologias que considera contrárias à sua doutrina e à dignidade humana.
Para um bispo, a atuação não se restringe à conjuntura política imediata. Ele fala a partir de um magistério que se estende por séculos, e sua preocupação com o "comunismo" – entendido não apenas como um sistema de governo, mas como uma corrente filosófica e social – é consistente com as diversas encíclicas papais e a doutrina social da Igreja que há muito tempo condenam o ateísmo de Estado e a supressão da liberdade religiosa.
Definitivamente, não é uma conveniência momentânea, mas uma fidelidade doutrinária.
A questão do "exagero" é, portanto, o cerne de uma distinção fundamental de perspectivas.
O que para o observador externo, com uma visão secular e focada na política do dia a dia, pode soar como uma HIPÉRBOLE DESCONEXA com a realidade atual de uma ameaça comunista no Brasil, para um líder religioso é a expressão de uma VIGILÂNCIA PASTORAL e TEOLÓGICA.
Ele não está (ou não deveria estar) fazendo uma análise de inteligência política para o governo, mas sim emitindo um alerta para seus fiéis, a partir de sua compreensão de mundo e da história da Igreja.
Impor que sua fala seja "exagero" é, de certo modo, tentar enquadrar uma preocupação de natureza doutrinal e histórica em uma régua estritamente política e temporal, desconsiderando a continuidade de uma cosmovisão que, para os crentes, é intrinsecamente real e perene.
A sua busca pela liberdade de expressão e a crítica à narrativa "Lulopetismo x Bolsonarismo" são legítimas, mas essa mesma liberdade e busca por verdade não podem desconsiderar as bases históricas e doutrinais de posicionamentos que, embora possam parecer "antigos", ainda ressoam e são relevantes para parcelas significativas da população.
A história não é uma sequência de capítulos isolados que podemos fechar quando nos convém. Ela é viva, e suas lições, mesmo as de quinhentos anos atrás, continuam a iluminar o presente, especialmente quando se trata de instituições que carregam milênios de tradição e doutrina.
O bispo, em sua função, age nessa continuidade histórica. E a recusa em reconhecer isso não é uma questão de fé, mas de uma interpretação seletiva da complexidade histórica e da pluralidade de discursos.
Entendo sua perspectiva e respeito a tradição da Igreja como continuidade histórica. Mas minha crítica não é sobre doutrina em si, e sim sobre o uso dela em 2025, no Brasil, para ressuscitar um inimigo inexistente no cenário político atual. É nesse ponto que chamo de exagero e é nele que discordamos.
Quem está num culto católico já está nos preceitos da igreja. Desnecessário jogar pra plateia do jeito que jogou. Não parece dogmas da igreja, parece dogma político.
Entendo seu ponto de vista e concordo, a missa não é lugar para falar das coisas mundanas. O “livrai-nos do mal” já estaria bom, o comunismo estaria implícito aí… Eu estava pensando mais nos posicionamentos dos católicos fora das missas.É muita incoerência apoiar quem apoia seus perseguidores.
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