Enquanto vocês se esbaldam no Carnaval tupiniquim, vamos voltar a um outro tipo de folia - a veneziana, da qual nosso doge maior neste site escapou por uns dias - e vejamos este soneto de Pietro Aretino, talvez o homem da Renascença Italiana por excelência:
“Abre as coxas a fim de eu poder bem Ver-te da cona e cu o belo viso. Cu de fazer completo o paraíso! Cona que põe-me o sangue num vaivém! Enquanto eu vos cortejo, eis que me vem Capricho de beijar-vos de improviso E pareço mais belo que Narciso No espelho que o meu pau alegre tem. Ah! ribalda, ribalda, já no leito! Vejo-te, puta: fica preparada Que hei de romper-te as costelas do peito. Vou enrabar-te, velha engalicada! E para este prazer arquiperfeito Eu descerei num poço sem aguada. À abelha não agrada Mais a flor quanto a mim um nobre nabo: Mal o provei e toda já me acabo.”
[Tradução de José Paulo Paes]