O Estadão quer eleger Pablo Marçal. No sábado, o jornal publicou o seguinte editorial:
“O voto de confiança em Marçal é um voto de desconfiança na própria política – um tiro de bazuca contra o establishment, um voto de negação, de ruptura, de vandalismo.
Não se pode abafar o grito de desespero nem menosprezar a revolta do eleitorado. Há algo de podre na democracia brasileira. Mas não se reformará a democracia destruindo a democracia. Diante de uma manifestação tão formidável de antipolítica, é preciso valorizar ainda mais a política.
O vandalismo que Marçal representa não surgiu da noite para o dia. Para enfrentá-lo, é preciso que o radicalismo do amor à política se imponha ao radicalismo dos que odeiam a política. Há algo maior em jogo que a disputa de ideologias. É a sanidade da democracia”.
Apresentar o pilantra como um agente de ruptura, que vandaliza o sistema, é a melhor maneira de garantir sua vitória. O fim da Lava Jato provou que a politica brasileira é irreformável. Nada mais sensato, portanto, do que o sentimento de ódio e de revolta. Quem encarna a “sanidade da democracia”, afinal? Lula? Bolsonaro? Arthur Lira? Gilmar Mendes? É preciso explodir essa gente.