#sigilodefonte: O Mestre de Besteiras
A imprensa acha que descobriu quem é o "Mestrão" de Sergio Moro. Ledo engano.
Em reportagem publicada hoje, o jornal O Estado de São Paulo afirma ter descoberto quem é o tal de “Mestrão” que teria avisado o senador Sergio Moro a respeito do espancamento público que o ex-juiz sofreu nas redes sociais, ao ser flagrado a abraçar e beijar Flávio Dino.
O texto afirma que:
“Mestrão” é o apelido de Rafael Travassos Magalhães, de 28 anos, que trabalha como auxiliar parlamentar de Sérgio Moro desde agosto deste ano, conforme apurou o Estadão com pessoas próximas ao assessor. Ele recebe um salário de R$ 7.152,04. Antes de assumir o cargo no gabinete do senador, Rafael trabalhou, de novembro de 2016 a outubro de 2018, com o deputado estadual do Paraná Ricardo Arruda. Lá ele recebia um salário bem maior do que o atual, de R$ 19.551,64.
Como se não bastasse,
Arruda é investigado por operar um esquema de “rachadinha” em seu gabinete, e Mestrão foi citado em uma apuração do Ministério Público do Paraná (MPPR) como uma das pessoas que teriam tido envolvimento com o esquema. De acordo com o jornal O Globo, o Coaf identificou “operações financeiras suspeitas” em contas de funcionários que trabalharam para o deputado estadual, entre 2014 e 2019. Mestrão teria o hábito de realizar saques em espécie correspondente a 70% do seu rendimento na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), movimentações que teriam indícios de fracionamento, segundo os investigadores.
O agora assessor de Moro trabalha com redes sociais e é apontado como especialista dessa área no Paraná. Ele ganhou notoriedade ao assessorar o ex-deputado federal Fernando Francischini e seu filho, Felipe Francischini. No ano passado, atuou na campanha do União Brasil no Paraná e, em seguida, foi contratado por Moro para ser seu assessor no Senado.
O problema é que, talvez, a imprensa tenha se enganado (novamente).