#SilêncioEmPortuguêsDePortugal
Terminou mais uma edição do Gilmarpalooza, o festival jurídico-filosófico-musical que transformou Lisboa em sede da suprema aristocracia brasileira
Entre taças de vinho verde e selfies acadêmicas, ministros, jornalistas, lobistas, CEOs e intelectuais orgânicos se revezam em painéis sobre "democracia", "desinformação" e "o novo papel das cortes constitucionais na era da verdade líquida" — tudo com tradução simultânea em juridiquês e passaporte diplomático para o autoengano.
Ao fim da ópera togada, Gilmar Mendes, o maestro supremo da orquestra progressista, declarou: “Saímos daqui melhores do que chegamos. Porque ouvimos a diversidade, temos consciência de que não somos os donos da verdade.” Um lapso de humildade performática que contrasta com o que o STF vem fazendo no Brasil: calando o contraditório, criminalizando o dissenso e moldando a Constituição como massa de pizza.