#SóDóiQuandoEuRio
A prisão de um humorista em nome da democracia é uma atitude da ditadura
Em 1988, o aiatolá Khomeini declarou uma fatwa contra o escritor Salman Rushdie pela publicação do livro Versos Satânicos, considerado uma blasfêmia contra o islamismo.
Baseado em leis islâmicas, a fatwa é uma sentença de morte. Qualquer pessoa que matasse o escritor seria considerada um mártir.
Dizem que o aiatolá nem leu o livro, se baseou no que ouviu. E leu quem quis, não era obrigatório ler Versos Satânicos, que só se tornou um best-seller depois da fatwa.
Em 2015, o ataque ao semanário humorístico Charlie Hebdo, que causou a morte de 12 humoristas pela publicação de charges consideradas blasfemas, foi na mesma linha.
A pena de prisão de Léo Lins e a multa milionária contra ele, me lembraram dessas fatwas.
Que eu saiba, só assistiram ao show de Léo Lins quem quis, não era obrigatório.
E eu também não sabia que piadas politicamente incorretas eram blasfêmias.
Ainda bem que não temos aiatolás.
Léo Lins se livrou de uma fatwa.
E a ditadura tem sido aprimorada pela coligação PT/STF a cada dia com novos capítulos !! A regulação das redes sociais com ajuda do chinês da Canja será o capítulo final?
Marcio, depois dessa, vc entrou para um grupo muito seleto: dos textos q eu TENHO q ler pra minha mãe!