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"O dia do gafanhoto e Miss Lonelyhearts", de Nathanael West

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Vivian Schlesinger
mar 03, 2025
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PARTE 3

Na narrativa de O dia do gafanhoto, nada é proibido. Estupro, violência física, hordas enraivecidas são motes, aparecem em várias formas repetidas vezes. Até o pisoteamento de um garoto cruel e mimado é descrito em detalhes topográficos.

E não menos importante, "O incêndio de Los Angeles" ocorre metaforicamente no clímax do livro. Antes de pensarmos na conotação pós-incêndios de janeiro de 2025 na California, temos que lembrar que o título do quadro em inglês, "The burning of Los Angeles", pode se referir à queima de uma cidade mas também à queima dos anjos. E aí estamos em um outro patamar, ou dois. Queimar anjos é obra do demônio, imagem sub-epidérmica que parece permear o livro todo. E queimar anjos também é o que aconteceu - com mais de um milhão de anjos, para falar apenas nas crianças - nos fornos crematórios. West não sabia disso em 1939, não poderia saber o futuro, mas infelizmente nós sabemos o passado.

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