#SubdesenvolvimentoPolítico

Tarcísio cantou de galo e deu o aval para o grande acordão que deixará tudo como está

A estrela da manifestação de 7 de setembro deste ano foi Tarcísio de Freitas.

Ele tomou coragem e saiu do armário. Aceitou ser o garoto propaganda da anistia que não vai sair. Deu entrevistas dizendo que, se eleito presidente, dará indulto a Bolsonaro.

O gran finale (ou grande início, a depender da perspectiva) foi ontem, no caminhão da caravana do Malafaia. Para delírio dos bolsonaristas que andavam desconfiados, Tarcísio fez uma breve pausa no seu discurso e preparou o clima para dizer: “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como o Moraes”.

Era o que faltava para cair nos braços dos bolsonaristas que estão órfãos de líderes políticos.

Gilmar Mendes mandou o estagiário postar no Twitter uma mensagem institucional, protocolar e oficiosa, dizendo que “não há no Brasil ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos”. E que o Brasil “não aguenta mais tentativas de golpe que ameaçaram a democracia”.

A imprensa dá destaque, faz parecer que há um conflito. Mas todo jornalista sabe que, nos calabouços, essa saída de armário do Tarcísio é encarada como um sinal de que o acordão tá azeitado.

Com a condenação de Bolsonaro, o Supremo vai poder sair cantando vitória como, nas palavras de Gilmar, “guardião da Constituição e do Estado de Direito”. E os surpremíssimos ainda poderão dizer que puniram com rigor os golpistas para garantir que seus atos jamais se repitam – também nas palavras de Gilmar.

Tarcísio e o Centrão vão ter o caminho livre para conquistar os corações dos bolsonaristas que estão buscando um novo messias.

Xandão deve entrar num sabático, para alívio da elite financeira que nunca esteve disposta a e sacrificar tudo para bancar as loucuras dos The Supremes.

Enfim, vamos ter um grande acordão para deixar tudo como está. Em 2026, as eleições serão manipuladas pelas velhas raposas que nos raposeiam há pelo menos 3 décadas.

Nosso futuro é certo! O Brasil permanecerá um país subdesenvolvido economicamente, moralmente e politicamente.