#SupremosPrivilégios
O Conselho Nacional de Justiça deveria fiscalizar o poder judiciário, mas achou melhor entrar na farra dos penduricalhos
Nos 5 primeiros meses deste ano, pagou R$ 3,4 milhões a “juízes auxiliares” que são requisitados pelo CNJ de outros tribunais.
Segundo a Folha, o jornal que pensa, mas nunca chega a uma conclusão,
“os rendimentos pagos pelo conselho a eles se acumulam com os que eles recebem nos órgãos de origem —vencimentos que, às vezes, já excedem sozinhos o teto de remuneração do funcionalismo público federal, de R$ 46.366”.
A gente também pensa, mas conclui que, depois da Lava Jato, a classe política brasileira aprimorou-se na arte do crime.
Hoje, ninguém mais comete “malfeitos” ou “ilícitos”, como a imprensa costuma edulcorar a atividade criminosa abominável que é roubar dinheiro do povo.
Nossa classe dirigente aprendeu que um “malfeito” ou “ilícito” pode ser legalizado com uma interpretação criativa da lei.
Às vezes, basta uma canetada lá em cima, no monte olimpo dos supremos poderes.
Às vezes, é preciso um desavergonhado acordão, que usou uns arquivos roubados por um hacker piracicabano para anular processos inteiros e devolver os quadrilheiros à vida pública.
Por onde passa um boi, passa uma boiada.
Se já não é “malfeito" assaltar as estatais; se já não é nem mais “ilícito” roubar aposentados, qual é o problema de se entorpecer de penduricalhos e salários acima do teto constitucional?
Se num país onde magistrados são afastados por irregularidades/compulsoriamente e mesmo assim continuam recebendo proventos mensais, 13º e não dá em nada.. isso aí é fichinha.
Nesses casos vale arrombar os cofres públicos sem dó.
Uma resposta para o último parágrafo: Nenhum. Vamos aumentar os impostos existentes e criar mais alguns para sustentar tudo isso.