Como disse João Pereira Coutinho, na entrevista que publicamos ontem, o populismo não reflete os anseios da massa analfabeta, e sim o fracasso da elite em responder às angústias legítimas da cidadania.
Um exemplo disso é a vexaminosa suruba institucional que salvou os quadrilheiros flagrados pela Lava Jato. A elite conseguiu fazer o que queria, inclusive elegendo o chefe da quadrilha ao Palácio do Planalto, mas o resultado do golpe é o apodrecimento dos mecanismos democráticos e o fortalecimento do populismo. A cidadania defraudada reage a esse abuso da única maneira que lhe resta: repudiando o voto, o governo, o parlamento, o STF, a universidade, a cultura, a imprensa.
A democracia está sendo demolida por dentro. O golpismo de Dias Toffoli, de fato, é infinitamente mais perigoso do que o de um troglodita que invade o Congresso Nacional e arrebenta um relógio cuco.
Os três pontos que JP Coutinho destacou são muito significativos. A histeria mediática, o alheamento em relação aos problemas q o homem comum vive e a obsessão paternalista... ainda que ele evite lançar o olhar para o Brasil, o fato é que, especialmente, a elite 'intelectual' brasileira, manifesta alegre e vivamente esses 3 vícios... na direita, na esquerda e tb na diagonal...
Duas palavras definem:
" Podres Poderes"
Bom dia Diogo, e novos amigos do #naoeimprensa