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#TchutchucasDoPutin

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Trump, um “homem vulgar de dedos curtos” e ego imenso, quer um prêmio Nobel da paz. Para isso, vai pisar em quem verdadeiramente lutou por ela

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João Falstaff
ago 18, 2025
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“Como tantos valentões, Trump tem a pele fina como a de uma teia de aranha. Ele não hesita em dizer a coisa mais ofensiva sobre outra pessoa, mas quando ouve um sussurro que contraria sua própria autoimagem vaidosa, ele se encolhe como um furão enjaulado. Só para deixá-lo um pouco louco, comecei a me referir a ele como um "vulgar de dedos curtos" nas páginas da revista Spy. Isso foi há mais de um quarto de século. Até hoje, recebo envelopes ocasionais de Trump. Sempre há uma foto dele — geralmente uma folha de recorte de revista. Em todas elas, ele circulou a mão com caneta Sharpie dourada, num esforço valente para destacar o comprimento dos dedos. Quase sinto pena do pobre sujeito, porque, para mim, os dedos ainda parecem anormalmente grossos.”

(Graydon Carter, ex-editor da Vanity Fair e co-fundador da revista Spy, 2015)

Trump é uma espécie de invertebrado com dez dedos minúsculos. A polêmica sobre os short fingers de Donald são um fenômeno bastante revelador do tipo de molusco que hoje habita a Casa Branca.

É uma comparação um pouco esdrúxula, admito. Mas é irresistível. Tanto o nosso nine fingers, nascido em Caetés, quanto o short fingers do Queens, usam hoje um crachá de presidente, mas se comportam como vendedores de seguro. Só os habitats os distinguem.

Short fingers não precisou vender greves. Vendia imóveis e, sobretudo, vendia seu sobrenome. Ele tem inegável relevância, não por sua laranjice essencial, mas pelo país que hoje governa.

Nine fingers não conseguiria governar uma barraquinha de cachorro quente. Só tinha sua alma para vender. Sujeito de sorte, encontrou as pessoas certas dispostas a comprá-la e chegou à presidência. O poder que ele finge exercer está sempre com o comprador: empresários, congresso e agora com seu fiador, o STF – afinal, é preciso alguém para garantir a estabilidade do contrato, quando o vendedor já não inspira confiança.

É com espanto que a gente vê um presidente dos Estados Unidos com um caráter tão próximo ao de Lula. Mas as semelhanças estão aí para quem quiser ver, o difícil é depois desver...

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João Falstaff
João Falstaff é um falstaffianista, incorrespondente do NEIM em Brasília, a cidade que também “de dois efes se compõe”, como a Bahia no poema de Gregório de Matos.
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