#TebetEngana
Quem acredita que a China vai substituir os EUA no desenvolvimento do Brasil é que está enganado – ou quer enganar
Simone Tebet quis ser muito assertiva, enfatizar a imensa autonomia estratégica brasileira.
Já que Lula se tornou irrelevante dentro e fora do país, seus ministros tentam aparecer no vácuo, fingindo que servem para alguma coisa.
O problema é que "principal parceiro comercial" não significa "parceiro que mais contribui para o desenvolvimento de longo prazo".
Para o Brasil, depender apenas da venda de commodities para a China nunca foi um bom negócio. Pode até garantir entrada rápida de dinheiro, mas não fortalece a base produtiva, nem o desenvolvimento de tecnologia e empregos qualificados. Já a relação com os EUA é mais diversificada, o que oferece maior potencial para crescimento econômico sustentável. É a tal da soberania que eles dizem defender.
Muita gente ainda menospreza os efeitos das tarifas. Outros acreditam que os 700 itens que ficaram na lista de exceções são fruto da negociação do governo. Na verdade, a maioria dessas exceções veio da atuação direta das empresas, que contrataram lobistas para defender seus interesses, tarefa que o Itamaraty hoje é incapaz de fazer, ou são itens que interessam às próprias empresa americanas.
Mas para os mais de 3 mil itens que ficaram de fora dessas exceções, poucos podem arcar com o custo de um lobista americano e toda a montanha de impostos que pagam no Brasil não lhes garante um governo que os defenda.
Em Santa Catarina, por exemplo, as exportações não são apenas de commodities, mas de madeira processada, máquinas, têxteis e outros bens com valor agregado. Não serão apenas as empresas exportadoras que vão ter de demitir, mas provavelmente seus fornecedores também sofrerão cortes.
No Paraná, cidades como Curiúva, Telêmaco Borba e Guarapuava têm suas economias locais fortemente dependentes do mercado americano.
A Gerdau já reclamava da concorrência desleal do aço chinês, depois das tarifas, a decidiu cortar investimentos no Brasil e priorizar sua expansão nos EUA.
Há indústrias e pequenos e médios negócios que produzem sob medida para os EUA, que atendem requisitos específicos e que agora tiveram seus negócios praticamente inviabilizados. A cadeia produtiva afetada, mostra que quem se engana ou quer nos enganar é a própria Tebet.
Simone Tebet é um nada como política e, principalmente, como ser humano. Ela só pode ser comparada a uma badalhoca de Lula, aquele restinho de bosta (desculpe a baixaria) que sobra entre os pêlos do cool. A palavra é usada no Rio de Janeiro, mas o raciocínio é universal. O padrão que ela usa para caráter é Geraldo Alckmin. Ughh
Já me enganou antes. Agora não engana mais.