Anselmo Gusmão, amigo que — a despeito de mal conservado — conservo há mais de sessenta anos, instilou-me o irracional e infantil desejo de possuir uma poltrona à Winston Churchill.
Ele e eu compartilhamos o estranho gosto pela história militar, com uma especial obsessão pela Primeira Guerra e pelo Primeiro Ministro Britânico.
Recentemente, por indicação de uma jovem historiadora amiga dos Fernandes, lemos A Sagração da Primavera, de Modris Ekstein e, como costuma acontecer, o tema pautou nossas conversas monomaniacamente por alguns dias.
Enquanto jantávamos, passamos a fazer um paralelo entre os antecedentes da Primeira Guerra e o momento atual.
Dissertamos, sob os ouvidos atentos de Luís Felipe, meu sobrinho, acerca dos atuais desafios militares e das características do combate moderno.
Tratamos de Israel e Palestina; Ucrânia e Rússia; Taiwan e China e fizemos algumas terríveis previsões bélicas.
Entretanto, tranquilizo os gentis leitores deste site, lembrando que Anselmo e eu somos economistas por formação e, portanto, especialistas em errar previsões e que, ademais, valendo-nos de amizades paternas, fugimos, ambos, do serviço militar.