Pablo Marçal é muito mais do que um documento falsificado ou uma lista de e-mails de velhinhos repassada a estelionatários.
Ele é o barqueiro do inferno da nova direita.
A mesma direita que passou a vida acusando Boulos de invasor, invadiu o STF para que a dona Gilda usasse a mesa do Xandão como banheiro químico de passeata.
A mesma direita que passou a vida acusando o PT de conluio com a ditadura venezuelana, ficou acampada em frente aos quartéis esperando que generais com incontinência urinária assinassem a minuta do golpe.
A mesma direita que pretende acabar com a corrupção do sistema, dependura-se em cargos comissionados, numa felação explícita em políticos do Centrão, fazendo vista grossa até mesmo para caixa 2 do PCC.
Mas o governador de São Paulo tentou amenizar a situação, dizendo que, se o Brasil fosse sério, Marçal estaria preso.
Na verdade, governador, se o Brasil fosse sério, todo mundo estaria preso.
Como septuagenário, convivi 22 anos de ditadura militar até nascerem políticos como Montoro (ótimo e honesto), Ulisses (idem), Mário Covas (idem) e picaretas da época como ACM, Sarney, Inocêncio Culpado de Oliveira, Temer, Aécio Neves, João Paulo Cunha, Zé Cueca e muitos outros mas, de décadas pra cá, o esgoto da política se superou com macacos analfabetos como Lula & Seus Miquinhos Amestrados, Bolsonaro & Família, geração que nos legou outros macacos, verdadeiras anomalias humanas, como Guilherme Boulos e Pablo Marçal. O que estava péssimo piorou de vez e, claro, a tendência é continuar piorando nos próximos anos. Você já imaginou os herdeiros políticos de Pablo Marçal e Guilherme Boulos? Com o STF venal que temos, também devem entrar na política o Marcola, André do Rap e o Maníaco do Parque.
Dá um tremendo desânimo ver a orgia da política brasileira! Uns acusando os outros do que fazem e todos se lambuzando no fundão eleitoral e nas maracutaias das campanhas eleitorais. Depois de eleitos, se lambuzam nas verbas e obras públicas. Somos um povo bovino e adestrado, ainda teremos muitos Lulas, Bolsonaros, Magalhães, Boulos, Marçais, Neves, Stediles, Barbalhos, Calheiros, Malufs e tantos outros... nossa realidade muda a passos de tartaruga. A consciência do eleitor brasileiro retrata o circo da nossa política, onde nós somos os palhaços!