#Tornozeleira1X0Bolsonaro
Quando vence a tecnologia
Bolsonaro perde mais uma pra tecnologia
Bolsonaro foi preso e, aparentemente, decidiu fazer cosplay de MacGyver. Só que a versão dele não é “um herói que usa um clips pra desarmar uma bomba”. É mais “um tio que tenta abrir micro-ondas com faca de churrasco porque acha que o governo tá vendo ele esquentar o Yakisoba”.
Segundo a deputada Bia Kicis, a tornozeleira do mito começou a “fazer um barulho”. E aí, meu amigo, Bolsonaro achou que tinha uma escuta dentro dela. Porque, claro, se o governo quisesse te espionar, ia colocar o microfone na sua canela, não no celular que você usa pra mandar áudio de 12 minutos no WhatsApp.
E aí vem a explicação mais maravilhosa do século: “Ele tentou abrir.” Não cortar, não tirar, não pedir ajuda… abrir. Como quem abre Kinder Ovo. Como quem diz:
“Dois reais ou uma investigação surpresa do Moraes?”
E ele tentou abrir com ferro de solda quente. Não satisfeito em fraudar cartão de vacina, agora o homem quis passar de presidente da República pra técnico da Santa Ifigênia.
A Polícia Federal foi lá, trocou a tornozeleira, e Bolsonaro não negou nada. É quase fofo. Tipo quando a criança tenta esconder que comeu chocolate, mas tá com a boca inteira marrom.
Você tentou abrir com ferro de solda?
Não!
Então por que tem uma resistência caída no chão e cheiro de fio queimado na sala?
… patriotismo.”
E tudo isso aconteceu porque, segundo o despacho do Moraes, essa tentativa somada à vigília da família, vulgo “Farofa do Golpe”, representava risco à ordem pública. O que eu acho injusto. Risco à ordem pública é a tornozeleira ter sobrevivido ao ferro de solda do homem.
Esse sim é um milagre brasileiro. Será que as caixas pretas dos aviões da Embraer são feitos desse material da tornozeleira? Talvez agora ele acredite na inviolabilidade das urnas eletrônicas.
Agora ele está prestes a cumprir 27 anos de pena. O que, convenhamos, é mais do que a carreira inteira da Gretchen e menos do que a duração média de uma live do Lula.
Ontem, no domingo, Bolsonaro passou pela audiência de custódia. Que, pela primeira vez na história, foi remota. Até porque, se fosse presencial, o medo da escuta faria ele tentar abrir a webcam com chave de fenda.
Ele disse que foi alucinação e que estava sob efeito de remédios fortíssimos. Maravilha. Bolsonaro agora é oficialmente o primeiro preso da história brasileira a usar a desculpa da farmácia:
“Excelência, eu não tentei romper a tornozeleira. A culpa é do Neosaldina.”
Pode até ter sido alucinação. Eu mesmo acredito nisso. Mas não deixa de ser um baita álibi, não?
A audiência avaliou três coisas:
Se a prisão foi legal.
Se dá pra soltar o Bolsonaro.
E se existe alguma chance da tornozeleira pedir pensão alimentícia depois desse relacionamento abusivo.
E lembrando que tudo isso acontece com a família e aliados dizendo que ele está abalado, emocionalmente frágil… o que é basicamente a versão de direita pra “Mercúrio retrógrado”.
Que legal, hein? Um ex-presidente do Brasil, que já mandou no Exército, na economia e na Fundação Palmares, agora tá sendo derrotado por um pedacinho de plástico com GPS.
A gente já viu presidente preso, presidente falando de mandioca, presidente que foi impeachmado, presidente que foi flagrado com uma mulher sem calcinha, presidente perdendo a voz falando que nem monstro… mas presidente derrotado por uma tornozeleira eletrônica?
O Brasil merece um prêmio de melhor roteiro! Ano que vem o Oscar vem de novo!




Entenda que a fragilidade das urnas, não é física, nem mesmo por invasão tecnológica . A fragilidade das urnas está nas pessoas que elaboram os códigos, em quem implanta os códigos nas urnas. Nada impede que pessoas corrompidas, corrompam os programas - nem todos claro - mas o suficiente para fazer um candidato ganhar pela margem que o corruptor deseje. Eu si o que falo. Sou Analista de Sistemas há mais de 40 anos. Não sou novata nisso.
Enquanto todos se voltam para a prisão do Bolsonaro, o caso do Banco Master vai navegando em águas calmas. Este País é realmente uma pândega.