#TotalitarismoMilitante
O episódio envolvendo André Lajst na USP escancara a falência moral de uma parcela militante que hoje ocupa quase todos os espaços das universidades
André Lajst, do Stand with Us, foi convidado para palestrar num evento organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
A imprensa noticiou assim.
Mas não foram alunos que protestaram contra a presença de Lajst. Foi uma militância organizada, num ato claro de censura que contradiz frontalmente os valores acadêmicos mais básicos. Não se tratou de discordância; tratou-se de uma tentativa deliberada de silenciar uma voz considerada incômoda.
Militantes não buscam diálogo nem conhecimento, mas apenas autoritarismo. Não querem debate, querem controle. Para eles, o espaço universitário não é um ambiente de investigação crítica, mas sim um campo de batalha ideológica onde quem pensa diferente deve ser expurgado.
Mas tem gente que acha lindo uma militância autoritária impedindo a realização de um evento público, realizado por professores dentro de uma universidade. A liberdade de cátedra parece não ter muito valor no mundo da fantasia revolucionária do ideólogo de podcast, Breno Altman.
Breno Altman acha normal um ambiente universitário ser invadido por bárbaros ideológicos que, como ele, defendem os terroristas do Hamas e o genocídio soviético do século passado. Para o neo-comunista Breno Altman, o diálogo só deve ser exercido com pessoas do calibre de Ronan Maria Pinto, empresário com quem teve relações comerciais que nunca conseguiu explicar na época do assassinato do prefeito petista Celso Daniel.
Mas a questão aqui não é tratar de pessoas inócuas, que já foi abandonada até mesmo pelo luloipetismo. Mas de refletir sobre a invasão do autoritarismo militante nas universidades. Permitir a invasão de bárbaros num evento acadêmico é abrir do papel civilizatório das universidade.
E não se trata aqui, apenas, de uma defesa particular da liberdade de expressão de André Lajst, mas da sobrevivência da própria ideia de universidade, que no Brasil, salvo em raríssimas excessões, já deixou de ser um espaço destinado ao conhecimento ao se transformar apenas num ambiente dominado pelas batalhas ideológicas.






