O novo filme de Brady Corbet é algo como um respiro profundo para os tempos atuais em que nos perguntamos se ainda produções de magnitude podem surgir na sétima arte em plena era digital. E sim, podem.
O Brutalista, longa com 3h30 de duração não desperdiça nenhum segundo sequer. Distribuído para os cinemas em dois atos, o filme aborda a história de László Tóth, um arquiteto judeu húngaro que emigra para a américa. Protagonizado brilhantemente por Adrien Brody, Tóth é um artista visionário - tendo estudado na Bauhaus, consagrada escola de arquitetura, arte e design alemã, instituição mundialmente conhecida pela inovação que causou na era moderna. Fiel ao lema de que a “forma segue a função” ou da beleza com funcionalidade, os artistas que por lá passaram tiveram a oportunidade de trazer ao público ideias nunca antes imaginadas - assim é com László.
Ao chegar nos Estados Unidos o personagem encontra uma chance de poder produzir seu ofício ao lado do parente e amigo que já residia no país há mais tempo - os caminhos de László não poderiam ser mais contrários do que imaginava. Tóth, após passar por diversas necessidades acaba por reencontrar Harrison Lee Van Buren, um milionário industrial que há pouco o havia desprezado, agora toma László como aquele grande artista que dará vida a um projeto inovador que pretende criar. A relação de Van Buren e László a partir dai se torna a chave principal do filme, mas encerro por aqui a narração sobre a história e entro então nos pontos cruciais que o longa consegue adentrar com brilhantismo.