Por JP Bueno
Em mais um sinal de que vivemos a “cultura da nostalgia” tivemos a notícia que surpreendeu toda uma geração de velhos roqueiros – e de novos também. A volta da banda mais polêmica do britpop dos anos 90, a alquímica e explosiva Oasis, que tem na figura dos irmãos Gallagher seu epicentro caótico e fascinante.
Para quem viu e viveu o auge da banda, o retorno parece um milagre – ou mais uma incrível jogada de marketing que é tão importante para o rocknroll quanto acordes e riffs de guitarra –, mas para você que nasceu e só conheceu a banda pelo que seus pais falavam, eis os comentários de quem estava lá – e espero explicar um pouco desse fascínio em torno da banda, que é mais uma dupla na verdade, pois falando sério, ninguém liga para os três bateristas que passaram pela banda, do carinha do Ride que assumiu o baixo na fase em que tudo foi ladeira abaixo e nem mesmo para Paul Bonehead, o co-fundador da banda. Se os Beatles conseguiram ao longo da carreira mostrar que eram mais que apenas a banda do Paul e do John, no caso do Oasis esta sempre foi a banda do Liam e do Noel (ou do Noel e do Liam, a depender de sua preferência).