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#[trabalharcansa]: Prisioneiro da Memória

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O importante é o milagre do olhar

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nov 17, 2024
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#[trabalharcansa]: Prisioneiro da Memória
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Por José Luís Bonfim

O ritmo é o segredo da recordação. Saber de cor, trazer de novo ao coração, vale hoje mais do que nunca. Navegamos todos os dias uma maré de informação que nos inunda, assoberba e esmaga: sobreviver é saber esquecer, o que no fundo é o mesmo do que recordar o essencial.

Conversando outro dia com o poeta João Filho nos perguntávamos: qual o poema mais memorável de Bruno Tolentino? Para a crítica e para posteridade, que mantém um silêncio ensurdecedor ao redor da obra do poeta, isso não é um tema. Outros poetas há que tem um espaço garantido no nosso imaginário: todo brasileiro sabe ou deveria lembrar de Bilac ao ouvir

Ora (direis) ouvir estrelas!..

ou então quando amargamente alguém comenta

A mão que afaga é a mesma que apedreja

ver-se diante do impávido paraibano Augusto dos Anjos. Mas a pergunta de João era mais sutil, queria o poeta conversar sobre qual poema de Bruno era mais acabado, mais rematado, mais feliz no casamento da forma com o conteúdo, e vice-versa. Gastamos alguns bons minutos em torno dessa questão mas não chegamos a uma conclusão definitiva.

Na parte que me toca desse latifúndio os versos de Bruno mais íntimos, que lembro e recito de cor, são os pedaços do «E lhe cantei então esse acalanto», parte do clássico «A balada do cárcere».

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