#[trabalharcansa]: Um Memorialista Singular
A obra de Pedro Nava mostra um Brasil que não se lembra de si mesmo
Uma pesquisa recente sobre o índice de leitura do Brasil dá conta de um cenário bastante sombrio para um país que se imagina numa espiral incontestável do sucesso, certamente alavancado pelo lance de dados da economia mundial, que, malgrado o fato de não se recuperar nos países centrais, nas nações em desenvolvimento (ao menos por enquanto), tem prometido um futuro brilhante de progresso socioeconômico. Todavia, o Brasil não conhece o Brasil. E prova maior disso, para retomar a pesquisa citada acima, é a constatação de que este é um país que não lê. Ou, na melhor das hipóteses, lê pouco e lê mal. Tudo isso, a despeito do fato das editoras comemorarem as listas dos mais vendidos; apesar dos escritores se refestelarem nos prêmios e nas festas literárias; não obstante o fato das oficinas de escritores e dos clubes de leitura que abundam nas casas de cultura e adjacências.
Ainda assim, o Brasil foi o berço de Pedro Nava.