As mais recentes notícias do mercado livreiro apontam para algo que já não é novidade para quem acompanha o cenário de vendas e faturamento do negócio dos livros: aumento do preço, diminuição dos números de leitores no país e queda no número de vendas. Um cenário crônico que desafia todos os envolvidos nesta cadeia cultural – envolvidos que não parecem entender nada do que acontece e seguem procurando soluções que até aqui, só prometem piorar o cenário. Cenário este que se tornou particularmente desolador desde a quebra das livrarias Saraiva e Cultura.
Com o avanço de ideias estapafúrdias de que o mercado livreiro é um bastião de “resistência” e de reformas sociais e de costumes, com a debacle dos cadernos culturais e sua substituição pela ascensão de uma mentalidade marqueteira que prioriza as redes sociais e seus influenciadores. Para completar o quadro desolador vemos que as editoras, ao invés de manter parcerias com as livrarias, passaram a competir diretamente com estas – especialmente através de market places e sites próprios, muitas vezes ofertando livros a preços que uma livraria comum não consegue praticar.
Mas, adianto, antes de seguir é preciso voltar uns anos, e no caso, o ano de 2018.