– por Bernardo Lins Brandão
1.
a unidade transborda o infinito
um círculo de luz busca o centro intangível
dele se derrama outro círculo
a aurora incendeia a teia incessante de espelhos
reflexos manifestam seus nomes como se viessem a ser permanência
as esferas celestes inundam as fronteiras do agora e despertam
todas as coisas
um coro, quase em desafino, canta ao longe o primeiro nascimento
uma gota de vinho ultrapassa o abismo
falta pouco
para o amanhecer