#vespeiro: Os Pioneiros da América
Neste 4 de Julho, é sempre bom que lembrar que os EUA são a terra das oportunidades, onde alguém pode ser uma outra pessoa e ter uma nova vida.
Toda vez que sai uma biografia de alguém que não passou a sua vida na ribalta, mas simplesmente nos bastidores do sangue, suor e lágrimas — também chamado de “trabalho” —, a pergunta que se faz é a seguinte: Qual será a relevância disso? Será que ler sobre a vida de uma pessoa que sempre fez as coisas para os outros e não apenas ficou no mundo maravilhoso da vida contemplativa é um exemplo instrutivo para o leitor comum? Este humilde escriba ousa dizer que sim. Toda a vida, em especial as vidas de homens que deixam os seus depoimentos nas páginas dos livros, vale a pena ser conhecida.
Principalmente se forem as vidas de Bill Graham e de Chuck Ramikissoon. Quem são? (Nunca ouvi falar, responde o impaciente leitor.) Vamos com calma. O primeiro foi o homem que transformou o rock-n´-roll em um negócio lucrativo, com seus concertos, camisetas, planos megalomaníacos que se tornaram realidade, conseguindo uma delicada harmonia entre os desejos dos promotores de shows e os anseios ególatras destes seres tão sensíveis que são os artistas de palco. O segundo veio de Trinidad, tem ascendência indiana, vive como um magnata na Nova York pós-11 de setembro e sua ideia fixa é fundar um clube internacional de cricket, aquele esporte que, quando seus jogadores não são atingidos por atentados terroristas das células da Al-Qaeda (como o que aconteceu em Mumbai em 2008), é de uma chatice insuportável.