#ZonasAzuis
Aprendemos nas escolas que nossa expectativa de vida subiu muito ao longo da história, dando a falsa ideia de que estamos vivendo mais tempo.
Há duas semanas, o NEIM publicou uma crônica de Diogo Mainardi do início desse milênio. No texto, Diogo anunciava que chegaria aos 73 anos de vida no máximo. É pouco. A expectativa de vida do brasileiro é, atualmente, de 76 anos. Mainardi vive na Itália, onde a expectativa é ainda maior: 80 anos para os homens. Se estivesse em Okinawa, o Doge poderia ter a sorte de ser um "supercentenário" ou é isso que se acreditava até a publicação da pesquisa do demógrafo Saul Justin Newman, do University College London.
De acordo com o pesquisador, toda essa celebrada história das “zonas azuis” é mero papo furado. O que está por trás de pessoas que vivem mais de cem anos, diz Newman, é a ausência de registros confiáveis de nascimento e óbito. Newman afirma que rastreou 80% das pessoas que alegam ter mais de 110 anos, dessas praticamente nenhuma tinha uma certidão de nascimento.