O Diogo já era velho 20 anos atrás. Nessa época até tinha gente que idolatrava político, mas a maioria tinha vergonha ao ser exposto. Hj a maioria tem orgulho. Na foto que vc não estava foi um momento difícil pra vc, olhei aqui nas minhas bolas de cristal. O Lula era amado e Bolsonaro completamente irrelevante. Eu era um moleque completamente imbecil, hj sou adulto. Nessa época aí a música respirava por aparelhos, morreu poucos meses depois. O funk proibidão era...proibidão, difícil de achar um cd pirata pra ouvir. A pornografia era no papel, hj tá em todos os lugares. Havia muita zueira e tchutcharia, mas também muito mais recato. Eu não sei se a coisa realmente piorou ou se é aquela nostalgia de quem tá ficando velho. Todo mundo ainda assistia jogos da seleção, o Vasco nunca tinha caído, ninguém conhecia ministros do supremo e ninguém entendia de política. Hoje todo mundo é especialista em tudo.
Infelizmente é aceitar que os tempos de 20 anos atrás, não voltam mais.
Como bem dito, a polarização mudou o cenário e todo mundo ficou mais louco. Na internet todos viraram PHD em algum assunto e cada um tem sua própria verdade.
Imagina um Márcio Ribeiro hoje, fazendo as piadas delicadas que ele tinha há 20 anos atrás? Estaria com processo até o rabo e com grupos militantes pedindo a cabeça dele kkkkkkkkk
Vocês que foram os pioneiros do stand up no Brasil foram fodas e merecem todo o sucesso que tem até hoje. E que continuem por muitos anos!
PS: Hoje estarei no MFC apreciando essa bela arte marginalizada ❤️
Aqui em Minas a história foi parecida, porém, obviamente bem mais modesta. E com alguns contrastes interessantes. Minha primeira turma da oficina de stand-up comedy, de 2004, era bem diversificada. Jovens de 19, 20 anos, um senhor de quase 60, uma dona de casa que não conseguia falar nem em reuniões de família, por ser muito tímida e introvertida, pessoas com curso superior e outros que sequer haviam concluído o ensino básico.
O projeto de se montar um grupo, no entanto, veio só mais tarde, em 2008. E o maior contraste entre MG e SP foi sentido, pelo menos por mim, em 2009. Quando tive a chance de me apresentar pela primeira e única vez, em São Paulo, em um comedy, fazendo open mic mesmo, tive a chance de conhecer alguns comediantes que já naquela época eram ícones e referência de qualidade para todo mundo.
O ambiente me chamou a atenção. Camarim super luxuoso, com bastante espaço, ingresso a 50 reais por pessoa - impensável de ser praticado em BH naquela época, pois aqui era R$10 e o povo já achava caro! - altíssima infraestrutura, bar de luxo mesmo, lotado. Garçonetes que pareciam ter saído direto das passarelas de moda, ou das capas da Playboy, e comediantes que se revezam escolhendo com qual delas passaria a noite. Tudo de formam muito natural mesmo. Aqui, pelo menos no bar onde nosso grupo se apresentava, obviamente não existia camarim, nem qualquer tipo de espaço reservado para os artistas aguardarem sua vez de subir ao palco e, bem, digamos que os garçons eram mais "rústicos", exemplares do clássico baixinho, barrigudo, ou magrelo "fraco de feição", para dizer o mínimo. Ninguém brigava para passar a noite com nenhum deles, eu acho. De qualquer forma, apesar desta minha "estréia" em São Paulo ter sido uma experiência humilhante, terrível, desastrosa e traumática, também foi um belo aprendizado. E pelo menos tive a chance, meses depois, de abrir o show do Oscar Filho na minha cidade. Ponto mais alto de uma breve "carreira". Bons tempos.
O Diogo já era velho 20 anos atrás. Nessa época até tinha gente que idolatrava político, mas a maioria tinha vergonha ao ser exposto. Hj a maioria tem orgulho. Na foto que vc não estava foi um momento difícil pra vc, olhei aqui nas minhas bolas de cristal. O Lula era amado e Bolsonaro completamente irrelevante. Eu era um moleque completamente imbecil, hj sou adulto. Nessa época aí a música respirava por aparelhos, morreu poucos meses depois. O funk proibidão era...proibidão, difícil de achar um cd pirata pra ouvir. A pornografia era no papel, hj tá em todos os lugares. Havia muita zueira e tchutcharia, mas também muito mais recato. Eu não sei se a coisa realmente piorou ou se é aquela nostalgia de quem tá ficando velho. Todo mundo ainda assistia jogos da seleção, o Vasco nunca tinha caído, ninguém conhecia ministros do supremo e ninguém entendia de política. Hoje todo mundo é especialista em tudo.
Pra encerrar e provar que eu não tô ficando velho, segue a sugestão musical pra hj:
The Fevers - a gente era feliz e não sabia
“E, sem saber, a gente começava ali um movimento que mudaria a forma de fazer rir nos bares e teatros do Brasil.”
E, sem saber, trilhávamos nosso caminho para a prisão …..
Esse é o Brasil de hoje.
Vida longa à comédia e às pessoas decentes e com valores reais
Pode crer!
Infelizmente é aceitar que os tempos de 20 anos atrás, não voltam mais.
Como bem dito, a polarização mudou o cenário e todo mundo ficou mais louco. Na internet todos viraram PHD em algum assunto e cada um tem sua própria verdade.
Imagina um Márcio Ribeiro hoje, fazendo as piadas delicadas que ele tinha há 20 anos atrás? Estaria com processo até o rabo e com grupos militantes pedindo a cabeça dele kkkkkkkkk
Vocês que foram os pioneiros do stand up no Brasil foram fodas e merecem todo o sucesso que tem até hoje. E que continuem por muitos anos!
PS: Hoje estarei no MFC apreciando essa bela arte marginalizada ❤️
Boa. Te espero lá!
👏🏼👏🏼👏🏼
:)
Olha só o pessoal todo "novim".
😀👍
Vida longa ao clube da comédia!
Acabou faz tempo, hahahahahah
Todos cara de nenéns, menos o Marcelo Mansfield que já era véio ! 👏👏👏. Parabéns a todos e que continuem firmes e fortes.
Valeu!!!
Que lindo o texto ! Parabéns pela trajetória de vocês! 🥂
Oscar, Danilo e Diogo: só há motivos para se orgulharem! O trabalho de vocês é incrível e faz toda a diferença, principalmente nos dias atuais.
Adorei as fotos! Só fiquei triste com a notícia do fechamento. É aquilo que o Cartola cantava: “…o mundo é um moinho”…💪🏻
PS: Oscar, sobre seu cabelo no passado, vamos depilar essa virilha ! 😂🤗
❤
Parabéns pela trajetória e pela história. Que venham mais 20 anos de sucesso para todos vocês. A propósito, onde está a Marcela Leal?
Valeu! Ela tá em outro ramo!!!
Saudades desta turma que nos "matavam de rir".
😀
Que história bacana... Vou querer este CD!!!
Nem sei se tem pra vender...
Aqui em Minas a história foi parecida, porém, obviamente bem mais modesta. E com alguns contrastes interessantes. Minha primeira turma da oficina de stand-up comedy, de 2004, era bem diversificada. Jovens de 19, 20 anos, um senhor de quase 60, uma dona de casa que não conseguia falar nem em reuniões de família, por ser muito tímida e introvertida, pessoas com curso superior e outros que sequer haviam concluído o ensino básico.
O projeto de se montar um grupo, no entanto, veio só mais tarde, em 2008. E o maior contraste entre MG e SP foi sentido, pelo menos por mim, em 2009. Quando tive a chance de me apresentar pela primeira e única vez, em São Paulo, em um comedy, fazendo open mic mesmo, tive a chance de conhecer alguns comediantes que já naquela época eram ícones e referência de qualidade para todo mundo.
O ambiente me chamou a atenção. Camarim super luxuoso, com bastante espaço, ingresso a 50 reais por pessoa - impensável de ser praticado em BH naquela época, pois aqui era R$10 e o povo já achava caro! - altíssima infraestrutura, bar de luxo mesmo, lotado. Garçonetes que pareciam ter saído direto das passarelas de moda, ou das capas da Playboy, e comediantes que se revezam escolhendo com qual delas passaria a noite. Tudo de formam muito natural mesmo. Aqui, pelo menos no bar onde nosso grupo se apresentava, obviamente não existia camarim, nem qualquer tipo de espaço reservado para os artistas aguardarem sua vez de subir ao palco e, bem, digamos que os garçons eram mais "rústicos", exemplares do clássico baixinho, barrigudo, ou magrelo "fraco de feição", para dizer o mínimo. Ninguém brigava para passar a noite com nenhum deles, eu acho. De qualquer forma, apesar desta minha "estréia" em São Paulo ter sido uma experiência humilhante, terrível, desastrosa e traumática, também foi um belo aprendizado. E pelo menos tive a chance, meses depois, de abrir o show do Oscar Filho na minha cidade. Ponto mais alto de uma breve "carreira". Bons tempos.
Parabéns pela iniciativa e pela coragem.