#ACóleraDosImbecis
Os maiores defensores da IA serão os primeiros a serem sacrificados?
No fim de semana passada, Peter Thiel, o empreendedor-intelectual que Elon Musk tenta macaquear, teve um vídeo divulgado nas redes sociais, no qual ele afirmava que os primeiros prejudicados com o futuro da Inteligência Artificial seriam justamente aqueles que investiram sua educação nas ciências exatas. Para ele, quem ganharia a vantagem seria (surpreendentemente) as pessoas ligadas às Humanidades.
Os solucionistas tecnológicos e os nerds de plantão entraram em pânico. “Como assim?” “Falaram a mesma coisa com o surgimento do HTML”. “O futuro é incerto”. “Ninguém pode afirmar nada.” Enfim: yadda yadda yadda (coitado do leitor ou da leitora do NEIM que nunca assistiu a Seinfeld).
Thiel fez essa afirmação “contra-intuitiva” porque, segundo sua perspectiva, o mundo da IA não precisa de um pensamento que calcula e sim de um pensamento que medita. E tal façanha só pode ser conquistada pelo sujeito que possui “fortes habilidades verbais”. Na cabeça do empreendedor mais polêmico de Silicon Valley (perto dele, Elon Musk é alguém importante só para quem faz parte do Partido Novo), este é o detector mais importante para não ser enganado por essas “máquinas como nós” (obrigado, Ian McEwan e Renato Corrêa).