#aFolhaPensa...

Nem o epicentro da cultura diletante aguenta mais as aventuras do Xandão.

A Folha pensa que pode pedir o fim da censura de Moraes

Mas Xandão se tornou um problema difícil de resolver. Ele foi adiante, sem obstáculos, remendando seus arbítrios com outros arbítrios.

Diziam que “urgências eleitorais” poderiam justificar todos esses arbítrios.

Assim, um inquérito ilegal se transformou em outros tantos inquéritos ilegais. E como não tinha mais freio, o STF foi atropelando a legislação sob o pretexto de salvar a democracia.

“Situação exepcionalíssima”, dizia a ministra Carmem Lúcia, no julgamento do TSE, em 2022, que permitiu a censura prévia.

A exceção virou regra.

Hoje, a gente vive num país em que, segundo o editorial da Folha, “ordens secretas de Alexandre de Moraes proíbem cidadãos de se expressarem em redes sociais”.

Com carinho e com afeto, a Folha diz que “Alexandre de Moraes tem, no mínimo, o dever de publicar todas as decisões que o levaram a exercer esse poder extraordinário”.

É o que sempre dissemos aqui, sem carinho nem afeto.

A diferença é que a gente sabe que essas decisões de Xandão não podem vir à tona pelo mesmo motivo que levou o STF a esconder o vídeo do aeroporto de Roma.

Vai ser constrangedor conhecer as intimidades de toda essa “situação exepcionalíssima”.