De um lado, progressistas que celebraram o assassinato de um homem por suas ideias; de outro, setores da direita que, em reação, passaram a defender demissões e punições contra quem aplaudiu o crime.
É o mesmo veneno, apenas com rótulo diferente. Palavras não são balas. Discurso, por mais repulsivo, não é violência. Confundir os dois é legitimar a lógica inquisitorial da esquerda — a mesma que sempre quis transformar liberdade de expressão em crime de ódio.
A esquerda move contra a direita uma guerra de extinção, enquanto a direita responde com a liturgia da “concorrência democrática”. É a luta de assassinos contra idiotas. Honrar o legado de Kirk exige justamente o oposto do que estamos vendo: não censurar, mas expor, argumentar, combater no terreno das ideias.
A liberdade só existe quando resiste até ao discurso mais detestável. A tentação de proibir a palavra é sempre o início do fim — e a vitória póstuma dos que aplaudiram o crime.