Não importa que a Veja tenha apagado todos os meus artigos. Salvei o que valia a pena em dois livros. Dane-se o resto. Ninguém vai sentir falta.
De vez em quando, porém, o cancelamento dos arquivos cria um rombo em minha memória. Ontem o NEIM publicou uma resenha sobre Rubem Fonseca, um escritor que tem de ser lido e relido. Trinta anos atrás, tive o privilégio de entrar em contato com ele, apesar de seu caráter recluso. Foram dois bilhetes. Num deles, ele fez uma lista de seus melhores contos, que reproduzi na Veja. Perdi os bilhetes e perdi o artigo. Não sobrou nada daquela preciosidade, só a vendeta de um jornalista de segunda linha, que me eliminou do passado da revista.
A birra da Veja contra mim surgiu nas primeiras semanas de 2015, quando critiquei sua conversão ao dilmismo. Não fiz isso por ingratidão, e sim porque nunca aceitei a lógica corporativista, segundo a qual um jornalista tem de proteger o outro. A imprensa acabou por causa de seu sectarismo e de seu corporativismo. Eu sumi, mas ela também sumiu. Cancelamos um ao outro. O NEIM é a prova disso.
Longa vida ao NEIM !
Umas coisas vão e o Palmiro vem...
A foto ficou linda...
O destaque hoje devia ser Palmiro e não o imberbe da testosterona...