“A economia, grande trunfo do governo Lula em 2023, parou e começa a recuar”.
Só cito Eliane Cantanhêde porque essa cretinice é compartilhada por boa parte da imprensa.
“Haddad até que lutou bravamente pela arrecadação, mas Lula, o chefe da Casa Civil e o PT mantêm a surrada convicção, o discurso e a estratégia de que, bom mesmo, é gastar”.
Que o sucesso extraordinário de Haddad tenha se transformado em fracasso em menos de quatro meses é algo que o jornalismo nem tenta explicar.
Na verdade, nada mudou de 2023 para 2024: o poste, que era um poste, continua sendo um poste, disposto a fazer qualquer manobra para satisfazer o chefe, que só pensa em comprar votos.
Até Eliane Cantanhêde conseguiu entender, porém, que o estelionato eleitoral não está funcionando:
“Arthur Lira tem faro, sabe que a direita está se empoderando e tentou fazer uma inflexão não só ainda mais à direita, mas contra o governo e o próprio STF. Assim como ele, também o eleitor e a eleitora também têm faro e percebem muito bem como e para onde as coisas caminham”.
Não sei se o eleitor quer ser comparado a Arthur Lira, mas o fato é que, aos poucos, a imprensa - que tem faro e, sobretudo, contas a pagar - se desmarca do lulismo mais desavergonhado.
Em casa que falta pão todo mundo briga e ninguém tem razão. Ou também: não há lugar para todos à mesa. A realidade será muito mais forte que as narrativas.
Chegara uma hora em que não haverá mais verba para adesões. Lira não e o cara do faro - ele é o farol sinalizando.
E vão resistir à primeira piscadela do molusco?