#AsLagostasDePeterson
O psicólogo canadense Jordan Peterson está no Brasil ferindo suscetibilidades
Existem mil motivos para criticar Jordan Peterson. O darwinismo social grosseiro da sua tese das lagostas, por exemplo. Ou a reciclagem do psicologismo dos anos 1960, com todas as loucuras esotéricas de Jung e alguns insights literários de Freud.
Mas as críticas a Peterson costumam rondar apenas aqueles motivos que, atualmente, fazem dele um pensador importante. Um exemplo é que seus críticos são capazes de constatar que seu público é composto por jovens “que se sentem perdidos num mundo cada vez mais feminino”. É verdade. Também dizem que esses meninos perdidos “não entendem os novos códigos sociais”. Mais uma verdade. Com dois acertos, já é possível afirmar categoricamente que os meninos perdidos de Peterson “clamam por um guru”.
É evidente que o problema da nossa época não é tanto o diagnóstico, mas as disposições diante dos problemas que ninguém quer admitir. Somos realmente uma geração perdida. E como não estaríamos perdidos se nos últimos 30 anos os códigos sociais estiveram em constante mudança? De um materialismo radical, passamos para um individualismo mimado até chegarmos no símbolo absoluto da pós-modernidade: o extremismo esotérico-ideológico.
Haveria, portanto, algo de errado com esses meninos que se sentem perdidos num mundo que perdeu completamente o sentido? Não seria lógico que eles procurassem um guru?
Ocorre que o irracionalismo pós-moderno se pretende purificador. Impõe a fé de que a realidade pode ser modificada com a substituição de algumas palavras e a promulgação de uma nova lei. Não existe mais qualquer fundamento em que se apoiar. Ser moderno é estar condenado a um eterno update. E isto serve tanto para os fãs do Jordan Peterson quanto para os devotos de Judith Butler.
Ambos acreditam que a realidade pode ser modificada através de “novos códigos sociais” concebidos de forma arbitrária.
Mas nesta história, Jordan Peterson tem uma pequena vantagem. Ao invés de teorias abstratas de quem vive no mundo da lua woke, suas “regras para a vida” são simples e recicladas do senso comum dos conselhos das vovozinhas: arrume o quarto antes de brincar de super-herói; evite más companhias, coma todo o sucrilhos e não esqueça o casaco quando sair.
Sempre houve quem lucrasse ensinando obviedades. Mas, afortunadamente para Jordan Peterson, elas nunca foram tão necessárias.
A verdade é que Peterson seria apenas um pensador obscuro se não estivéssemos numa época de total obscurecimento da inteligência.
Boa Chiuso, é o sinal invertido com o agravante de sempre: o lado progressista não consegue mais avançar (incoerência das incoerências!).
A galera woke mais uma vez sendo atropelada pelos acontecimentos da vida real, e não sabem de onde veio a jamanta que lhe passou por cima.
Para reagir, videos editados tentando associar JP a Hitler, wokeismo aos patrocinadores que promoveram sua vinda e ao público que irá assisti-lo. Como se nada de bom existisse fora de seu mundinho. É bem o que você enfatizou.
Eu diria que além os jovens, além de estarem perdidos, andam em círculos e ficam tontos e desorientados. JP é uma âncora salvadora.
“chegarmos no símbolo absoluto da pós-modernidade: o extremismo esotérico-ideológico. “ e acrescentaria narcisista, porque todo o conteúdo Woke é só um bando de drogados incapazes de qualquer atividade querendo que o mundo gire ao redor do seu umbigo, e julgando-se superior ao grupo “comum” da sociedade ( nós , que trabalhamos , estudamos e principalmente pagamos impostos para as ONG’s deles se apropriarem e nos acusar machistas , misóginos, racistas, supremacistas, etc. )