Discussão sobre este post

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Avatar de Emanuel Tadeu Borges

Quanto a mim, minha reflexão sobre o problema político me leva e me mantém apoiado (não se deve ser "seguidor", em nada relativo ao pensamento, penso) em três autores que considero os que dão as bases sólidas para se pensar essa difícil e importante questão: Espinosa, Leo Strauss e Jung.

O primeiro porque debruça-se sobre o tema do ponto de vista do Ethos, ou seja, de como se comportar: a política como modo de viver (lato senso). Não a toa, o título de sua obra central é "Ética". E nas outras duas obras maiores, o Tratado Teológico-Político (em que ele reflete sobre o modo de relação bem prática, bem real, do conluio e da relação possível entre a religião e a política), e o Tratado Político (incompleto e que, curiosamente se interrompe na parte sobre a república, após falar sobre os outros 2 modos da epoca: Teocracia e Monarquia).

O segundo autor, Leo Strauss, porque faz uma crítica demoludora ao relativismo na reflexão política pós-maquiavel, e retorna, via autores judeus e islâmicos sublimes (Maimonides, Alfarabi, em destaque) ao pensamento clássico e renova brilhantemente a reflexão sobre Platão em especial e a filosofia clássica grega, nesse tema: a política (de outra maneira diferente da de Espinosa, sobre aliás quem também escreveu, mas também na perspectiva do modo de vida coletivo) E também porque coloca em questão o dilema "razão ou revelação?" ("Atenas ou Jerusalém" na enunciação que ele concebeu)

E finalmente Jung, por sua psicologia de genial vanguarda.

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Avatar de Mauricio Bunazar

Que belo ensaio, meu caro doutor Martim!!!! Que belo ensaio

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