##LongaVidaAoNovoRei (2)
Sobre "Camelot 3000", de Mike W. Barr, Brian Bolland e Tatjana Wood
[Leia a primeira parte do ensaio]
Camelot no ano 3000: das mulheres-aranhas às katanas de luz
Ao contrário do que se costuma dizer, Camelot 3000 #1 não foi o primeiro gibi da nem da DC, nem da Marvel, a ser distribuído exclusivamente no mercado direto. A Marvel lançou Dazzler #1 no início de 1981. A DC, Madame Xanadu Special #1, de Steve Englehart e Marshall Rogers [com uma história curta complementar de J. M. DeMatteis e Brian Bolland], alguns meses depois.
Também não é a primeira hq que tem por público alvo jovens adultos: a coleção Marvel Graphic Novel iniciou no início de 1982 [com A Morte do Capitão Marvel, de Jim Starlin].
Camelot 3000, no entanto, é a primeira série que foi calculada para ser distribuída no mercado direto. Não era uma história de um personagem já existente, periférico ou não. Era uma criação nova, calculada para atender à demanda de um novo público: Mike W. Barr costuma dizer que o processo que levou ao seu lançamento passou pela análise de uma empresa de consultoria externa, contratada precisamente com o objetivo de ajudar a projetar um lançamento exclusivo para o mercado direto.
Isso é perceptível em algumas características da série. Primeiro, Camelot 3000 é uma mistura convenções de vários gêneros diferentes. É, evidentemente, um gibi de ficção científica: não apenas pelas naves e pelos alienígenas, mas pelo esforço empregado em construir um universo futurista crível e distópico. Mas é um gibi de ficção científica que incorpora elementos da fantasia heroica do tipo capa e espada, como a natureza primitiva do mundo alienígena, a vilã feiticeira-sexy aracnídea, e, evidentemente, capas e das espadas: