#MuitaSensibilidade
Walfrido Warde está empenhado em criar um “ambiente regulatório sólido para combater corrupção no Brasil”.
O advogado sustenta que as empreiteiras que nos roubam desde a época da Ditadura fizeram acordo de leniência “num ambiente de falta de regulação racional”, embora nunca tenha faltado racionalidade para as propinas e superfaturamentos.
Walfrido, advogado de empreiteira, está empenhado em criar um “ambiente regulatório sólido para combater corrupção no Brasil”. É claro que a gente acredita!
A gente também acredita que a esquerda do mensalão e do petrolão está questionando os acordos de leniência porque está interessada somente em defender os empregos. Dá até para imaginar de quem.
Para Walfrido, os partidos que questionam a leniência são críticos à lógica do capitalismo, mas também são extremamente sensíveis aos setores mais carentes. Por isso, acreditam que é preciso relativizar a corrupção para que os empreiteiros continuem os negócios espúrios que garantem a existência de um ambiente de muitos empregos e arrecadação de impostos.
Segundo o TCU, o Brasil perde entre 3 a 5% do PIB em corrupção. Uma média de 76 milhões bilhões e reais por ano. Quantos empregos poderiam ser criados com todo esse dinheiro?
Mas a máquina da economia brasileira funciona assim: o povo trabalha como um condenado para o governo arrecadar impostos, que serão roubados em propinas e superfaturamentos de obras públicas.
A educação permanece sucateada. A saúde pública inexistente. E a justiça continua beneficiando quem mantém a educação sucateada e a saúde pública inexistente.
Nesse meio tempo, surge o nosso herói, Walfrido. Ele deve cobrar alguns milhões em honorários para defender suas teses e livrar as empresas corruptas de suas penas, enquanto o brasileiro médio tem de viver com uma renda per capta de R$ 1.893,00, segundo o IBGE.
De fato, é muita sensibilidade.
ERRO: O número não é 73 milhões (moeda?). Se for 3 a 5% do PIB, o número seria em torno de $73 bilhões de dólares ou $365 bilhões de reais.
E assim vamos nos tornando cada vez mais os ""Feios, Sujos e Malvados", diante a uma elite politica/juridica , corrupta e inescrupulosa.