A Veja publicou a seguinte nota sobre o jantar entre os ministros do STF e Lula:
“Gilmar Mendes montou um cardápio italiano para receber o presidente. Num determinado ponto da conversa, Lula não poupou críticas a… Arthur Lira:
‘Logo ele vai entender que eu não sou a Dilma’”.
Algumas horas mais tarde, o site da revista desmentiu a nota, dizendo:
“O ministro Gilmar Mendes entrou em contato com o Radar para dizer que esse relato da fala de Lula sobre Lira não aconteceu no jantar”.
Pode ter sido uma barrigada da coluna, conhecida por suas barrigadas. Mas pode ter sido também uma malandragem de Gilmar Mendes. Ninguém planta mais notas na imprensa do que ele. Nada exclui que ele tenha plantado (e adubado) a nota, antes de desplantá-la.
Quando a imprensa se limita a passar recados, reproduzindo mensagens de WhatsApp, ela não é mais imprensa. Sobre o jantar entre os ministros do STF e o quadrilheiro, de fato, só há uma certeza: eles comeram macarrão. O resto é uma arapuca para desinformar o leitor e ocultar os verdadeiros propósitos daquela gente (assine o NEIM).
Faz sentido o cardápio italiano. A cosa nostra vivia se empanturrando em cantinas, de comida e de tributos. Qualquer semelhança, não é mera coincidência.
Duas heranças malditas do FHC não devemos esquecer jamais: a atuação para blindar o quadrilheiro do impeachment em 2005 e a nomeação do g Mendes para o STF. Pagamos e continuaremos a pagar essa conta até não se sabe jamais.