A Universidade surge como uma corporação muito específica de mestres e alunos, mais envolvida com as questões dos poderes papal e real.
As artes liberais e a teologia alimentavam as inteligências e quem já leu Hugo de São Vítor ou Tomás de Aquino sabe que a nossa universidade já degenera há tempos... sem filosofia não há universidade e a maior parte dos professores mata a filosofia um pouco por dia.
O objetivo da universidade brasileira está vinculado ao PNE, é numérico. Enfiar gente nas instituições, jogar um diploma na mão de todos e fingir que os número significam algo. Quando a deterioração das profissões chegar a um ponto sem retorno, a gente precisa torcer para ter Inteligência Artificial pronta para atuar pelo menos na medicina e nas engenharias....
As políticas em geral, e mais ainda para a Educação, são feitas olhando pelo espelho retrovisor. Olham no passado e com a imagem invertida.
Não tem como dar certo!
Empregabilidade? Essa turma está em Marte, transportado até lá por Elon Musk.
O Brasil sequer está a discutir o Futuro do Trabalho, desprezando os efeitos decorrentes que alcançarão (e já estão alcançando) as profissões, o emprego, a forma de se obter rendimentos, a formação, a carreira, as novas perspectivas de sucesso para o jovem do Ensino Médio ...
Vixe é tanta coisa pra escrever e conversar que só mesmo com uma newsletter no Substack para elucidar e discutir esse tema. ;-)
Há décadas, estamos perdidos nas chamadas políticas da educação. Eu pessoalmente vi a reforma universitária da didatura, que extingiu as cátedras, departamentalizou as universidades, agrupando-os em institutos básicos e profissionais, quando possível. Assim, na área da saúde, os cursos se iniciariam em institutos de ciências biológicas (ou similares), bucando uma formação básica comum, para, em seguida, distribuírem-se em faculdades ou escolas. Foi um processo lento, contra resistências, e não se completou inteiramente. Os vestibulares ou enem é que definem a entrada. Pronto, simples assim, a despeito da proposta de entrada única do prof. Naomar de Almeida, (UFBA) com a definição profissional no terceiro semestre (parecia um vestibular postergado). Terminada a graduação, logo, logo se impuseram as residências, que tem se tornado os períodos de real formação profissional. Nesta área, a da saúde, o que realmente se busca é a competência profissional, e entenda-se por competência uma dimensão muito mais ampla e profunda do que aquela que se restringe à técnica, mas com a multiplicação sem limites, obedecendo a critérios politicofinanceiros, mal se tem conseguido competência técnica.
Das áreas das humanas, estas só consigo observar e com dificuldade, pois os viezes me parecem pertubadores.
A universidade compete com um curso técnico porque não existe hoje nada tão superior em um diploma. O principal culpado não é governo, político, MEC. .. A culpa é da própria academia. E os alunos que se virem.
"... Além de não resolver os graves problemas da nossa educação, que todos já conhecemos, vai comprometer a própria natureza da
universidade".
Disse tudo: "a própria natureza da universidade"
Em resumo: "pensar o que ainda não foi pensado"
Está entre aspas porque não é de minha autoria. Mas resume de maneira precisa a "natureza da Universidade": lugar feito para se "pensar o que ainda não foi pensado".
Por isso não é MESMO lugar pra todo mundo. É pra pensador mesmo. E só. Não é lugar democrático pra ingressar todo mundo. Do mesmo modo que não é todo mundo que pode ingressar num time de futebol por mais que goste de bater bola. Universidade e clube de futebol são para os feras, pra quem tem talento pra coisa. Numa família de quatro ou cinco filhos, é pra um só lá ingressar. Apenas aquele com vocação acadêmica. O resto vai ser jornalista, publicitário, comerciante, caminhoneiro ou milionário. Universidade é pra crânio. Não é pra dona Josefa mesmo.
E porque é feita pra "pensar o não pensado", não é, óbvio, um lugar pra preparar incautos pro mercado de trabalho, como pretendem os Jorge Paulo Lemann da vida (vide as lojas Americanas)
Mas que um projeto indecoroso desse tipo, que tenta há décadas se instalar definitivamente no Patropi, incentivado por picaretas que não sabem nem cuidar da sua própria "vendinha", volte a ganhar tração logo no governo de Sua Lulidade, diz do quanto Pingão e sua gangue são o que sempre foram. Imagine uma proposta depravada desse gênero sendo feita por Bolsonaro e sua quadrilha? O mundo viria abaixo.
Mas é mais uma vez fermentada no governo LulE
Significa? Ora...
Mas como deixou claro jovem americana que provocou terremoto ao ter comentado ter sensação de estar em férias ao fazer curso na Puc do Rio já que a carga de leitura era ridícula em comparação com a universidade americana de onde vinha, não é preciso ninguém temer nada porque nada vai mudar. Seguiremos a porcaria que sempre fomos.
Com alguma sorte, a gente até se eleva ao baixo nível que anda reinando nas universidades americanas com reitores antissemitas, sem currículo acadêmico e alunos que aplaudem o Hamas.
Alexandre de Moraes não teve a pachorra de apresentar o trabalho que apresentou no concurso da USP? Pois é
Banania segue o que sempre foi. Nada de novo sob o sol
A Universidade surge como uma corporação muito específica de mestres e alunos, mais envolvida com as questões dos poderes papal e real.
As artes liberais e a teologia alimentavam as inteligências e quem já leu Hugo de São Vítor ou Tomás de Aquino sabe que a nossa universidade já degenera há tempos... sem filosofia não há universidade e a maior parte dos professores mata a filosofia um pouco por dia.
O objetivo da universidade brasileira está vinculado ao PNE, é numérico. Enfiar gente nas instituições, jogar um diploma na mão de todos e fingir que os número significam algo. Quando a deterioração das profissões chegar a um ponto sem retorno, a gente precisa torcer para ter Inteligência Artificial pronta para atuar pelo menos na medicina e nas engenharias....
As políticas em geral, e mais ainda para a Educação, são feitas olhando pelo espelho retrovisor. Olham no passado e com a imagem invertida.
Não tem como dar certo!
Empregabilidade? Essa turma está em Marte, transportado até lá por Elon Musk.
O Brasil sequer está a discutir o Futuro do Trabalho, desprezando os efeitos decorrentes que alcançarão (e já estão alcançando) as profissões, o emprego, a forma de se obter rendimentos, a formação, a carreira, as novas perspectivas de sucesso para o jovem do Ensino Médio ...
Vixe é tanta coisa pra escrever e conversar que só mesmo com uma newsletter no Substack para elucidar e discutir esse tema. ;-)
Você sempre certeiro Volney!
Pois é Carlos, tenho obrigação de pelo menos acertar com relativo esforço no 'álvaro' desse tema. Grato pelo apoio Carlos.
Você sempre acerta meu amigo!
Não a nada a agradecer, nós aqui do NEIM que temos o privilégio de ter você conosco!
Um grande abraço e uma boa noite Volney!
Opa. Até fiquei corado. Boa Noite Carlos. Bom amigo.
Obrigado Volney.
Boa noite.
Que bom ouvir o Prof. Gabriel!
Há décadas, estamos perdidos nas chamadas políticas da educação. Eu pessoalmente vi a reforma universitária da didatura, que extingiu as cátedras, departamentalizou as universidades, agrupando-os em institutos básicos e profissionais, quando possível. Assim, na área da saúde, os cursos se iniciariam em institutos de ciências biológicas (ou similares), bucando uma formação básica comum, para, em seguida, distribuírem-se em faculdades ou escolas. Foi um processo lento, contra resistências, e não se completou inteiramente. Os vestibulares ou enem é que definem a entrada. Pronto, simples assim, a despeito da proposta de entrada única do prof. Naomar de Almeida, (UFBA) com a definição profissional no terceiro semestre (parecia um vestibular postergado). Terminada a graduação, logo, logo se impuseram as residências, que tem se tornado os períodos de real formação profissional. Nesta área, a da saúde, o que realmente se busca é a competência profissional, e entenda-se por competência uma dimensão muito mais ampla e profunda do que aquela que se restringe à técnica, mas com a multiplicação sem limites, obedecendo a critérios politicofinanceiros, mal se tem conseguido competência técnica.
Das áreas das humanas, estas só consigo observar e com dificuldade, pois os viezes me parecem pertubadores.
Chega.
Bom o comentário. Encontramos o tempo todo com profissionais formados por esta "universidade".
A universidade compete com um curso técnico porque não existe hoje nada tão superior em um diploma. O principal culpado não é governo, político, MEC. .. A culpa é da própria academia. E os alunos que se virem.
"... Além de não resolver os graves problemas da nossa educação, que todos já conhecemos, vai comprometer a própria natureza da
universidade".
Disse tudo: "a própria natureza da universidade"
Em resumo: "pensar o que ainda não foi pensado"
Está entre aspas porque não é de minha autoria. Mas resume de maneira precisa a "natureza da Universidade": lugar feito para se "pensar o que ainda não foi pensado".
Por isso não é MESMO lugar pra todo mundo. É pra pensador mesmo. E só. Não é lugar democrático pra ingressar todo mundo. Do mesmo modo que não é todo mundo que pode ingressar num time de futebol por mais que goste de bater bola. Universidade e clube de futebol são para os feras, pra quem tem talento pra coisa. Numa família de quatro ou cinco filhos, é pra um só lá ingressar. Apenas aquele com vocação acadêmica. O resto vai ser jornalista, publicitário, comerciante, caminhoneiro ou milionário. Universidade é pra crânio. Não é pra dona Josefa mesmo.
E porque é feita pra "pensar o não pensado", não é, óbvio, um lugar pra preparar incautos pro mercado de trabalho, como pretendem os Jorge Paulo Lemann da vida (vide as lojas Americanas)
Mas que um projeto indecoroso desse tipo, que tenta há décadas se instalar definitivamente no Patropi, incentivado por picaretas que não sabem nem cuidar da sua própria "vendinha", volte a ganhar tração logo no governo de Sua Lulidade, diz do quanto Pingão e sua gangue são o que sempre foram. Imagine uma proposta depravada desse gênero sendo feita por Bolsonaro e sua quadrilha? O mundo viria abaixo.
Mas é mais uma vez fermentada no governo LulE
Significa? Ora...
Mas como deixou claro jovem americana que provocou terremoto ao ter comentado ter sensação de estar em férias ao fazer curso na Puc do Rio já que a carga de leitura era ridícula em comparação com a universidade americana de onde vinha, não é preciso ninguém temer nada porque nada vai mudar. Seguiremos a porcaria que sempre fomos.
Com alguma sorte, a gente até se eleva ao baixo nível que anda reinando nas universidades americanas com reitores antissemitas, sem currículo acadêmico e alunos que aplaudem o Hamas.
Alexandre de Moraes não teve a pachorra de apresentar o trabalho que apresentou no concurso da USP? Pois é
Banania segue o que sempre foi. Nada de novo sob o sol