Não É Imprensa

Não É Imprensa

Share this post

Não É Imprensa
Não É Imprensa
#OApocalipseDeMáscara (2)
Copiar link
Facebook
Email
Notes
Mais

#OApocalipseDeMáscara (2)

Sobre "Os Eternos", a suma teológica de Jack Kirby

Avatar de Não é Redação
Não é Redação
mar 29, 2024
∙ Pago
33

Share this post

Não É Imprensa
Não É Imprensa
#OApocalipseDeMáscara (2)
Copiar link
Facebook
Email
Notes
Mais
3
2
Compartilhar

[Leia a primeira parte do ensaio]

*Por Vicente Renner

Thousand Oaks, 1976, Templo Etz Chaim

Os Eternos é, em primeiro lugar, uma obra apocalíptica. 

Ao assim descrever a série, não pretendo atribuir-lhe qualquer caráter profético ou religioso, mas incluí-la entre aquelas que formam um determinado gênero literário — um grupo de textos nos quais estão presentes determinadas características comuns, suficientes para distingui-los de outras obras. 

É possível identificar essas características, por sua vez, no primeiro capítulo do excelente livro A Imaginação Apocalíptica, de John J. Collins. Nele, Collins parte da seguinte definição do “gênero apocalíptico”, expressa no periódico Semeia 14, publicado pela Society of Biblical Studies:

“um gênero de literatura revelatória com estrutura narrativa, no qual a revelação a um receptor humano é mediada por um ser sobrenatural, desvendando uma realidade transcendente que tanto é temporal, na medida em que se vislumbra a salvação escatológica, quanto espacial, na medida em que envolve outro mundo, sobrenatural”.

Conforme explica Collins, essa definição indica…

“algumas pressuposições básicas sobre como o mundo se comporta, que são partilhadas por todos os apocalipses. Especificamente, o mundo é misterioso, e a revelação deve ser transmitida por uma fonte sobrenatural, através da mediação de anjos; existe um mundo oculto de anjos e demônios que é diretamente relevante para o destino humano; e esse destino é determinado de maneira final por um julgamento escatológico definitivo. Em suma, a vida humana está limitada, no presente, pelo mundo sobrenatural de anjos e demônios, e no futuro pela inevitabilidade do julgamento final”.

É possível verificar a presença dos elementos que formam essa definição já na primeira edição de Os Eternos, “O dia dos deuses!”. Nessa história, o arqueólogo Daniel Damian descobre, juntamente com a sua filha Margo, A Câmara dos Deuses — ruínas arqueológicas incas que revelam que as diferentes mitologias arcaicas nada mais são do que o registro primitivo da criação da humanidade por seres cósmicos, Os Celestiais.

Esta publicação é para assinantes pagos.

Already a paid subscriber? Entrar
Uma publicação convidada por
Não é Redação
Inscreva-se em Não
© 2025 Não é Imprensa
Privacidade ∙ Termos ∙ Aviso de coleta
Comece a escreverObtenha o App
Substack é o lar da grande cultura

Compartilhar

Copiar link
Facebook
Email
Notes
Mais