Vamos analisar um caso.
O RS é responsável pela produção de 70% do arroz consumido no Brasil.
É óbvio que vai ter desabastecimento.
Mas a Daniela Lima disse, ao vivo, que era fake news porque um ministro do Lula garantiu que não faltaria arroz.
Era uma questão elementar. Se o maior produtor de arroz perdeu a produção, haverá necessariamente escassez do produto. E se o ministro garantiu que não faltaria arroz mesmo com as perdas por causa da enchente, era obrigação da jornalista perguntar que mágica o ministro usaria para resolver o problema da perda na produção.
Há uma diferença colossal entre fazer jornalismo e ler mensagens de autoridades na tela do celular.
A Daniela Lima deveria saber que os jornalistas não devem acreditar em todas as fofocas de bastidores. O papel da imprensa é se informar e, sobretudo, questionar as autoridades para compreender a história antes de repassá-la ao público.
Mas ela é obstinada e insiste nessa conversa mole de Fake News.
As pessoas não estão correndo para o supermercado para disputar arroz a tapa por causa das fake news, mas porque elas sabem que não vai ter reposição do produto.
A coisa é tão doida que até o MST, indiretamente, meteu um fact check na nossa querida musa do WhatsApp.
A gente só pega no pé da Daniela porque ela dá motivo.
Pessoal, sabemos que é muito divertido esculachar essa deslumbrada da Daniela Lima, mas façam um exercício crítico: qual é a relevância real dessa figura e da Globo News em si? Uma pesquisa rápida no Google informa que a audiência média do canal nos dois primeiros meses desse ano foi de 0,47 pontos, sendo que cada ponto equivale a 131 mil indivíduos. Fazendo a conta, são 61.570 almas. Isso não lota o estádio do Morumbi. Pra mim é gastar vela com defunto ruim.
A culpa é do Diretor de Jornalismo da TV Globo. Afinal, quem contratou esta senhora?