#ProgressismoDiletante
Enquanto a esquerda finge uma superioridade intelectual que nunca teve, a direita vai contabilizando os votos dos mais pobres
O problema dos doutores em ciências políticas da USP é não quererem entender a complexidade política atual, mas apenas usar a coluna na imprensa para fazer proselitismo político para os próprios amigos.
Enquanto a cultura diletante se fecha numa bolha, o bolsonarismo vai ganhando as ruas e aumentando a sua influência entre os mais pobres.
A colunista da Folha não parece muito interessada em refletir sobre o tema. A gente espera, aliás, que uma doutora pela USP pelo menos conceitue os termos. Mas como usa apenas rótulos para desqualificar os adversários políticos, ficamos sem saber quais os significados de “discurso antissecular” e “pragmatismo reacionário”.
O progressismo diletante, por exemplo, é a arte de fingir uma superioridade moral e intelectual para enganar os leitores de colunas da Folha de São Paulo. Seus adeptos publicam textos inócuos que repetem, ad nauseam, os clichês que saem da boca dos políticos e, provavelmente, são inventados pelos seus marqueteiros – se é que eles ainda existem.
Enquanto as Camilas Rochas desperdiçam tempo e espaço com inocuidades pseudo-intelectuais, o mesmo governador que pretendem atacar tem sua popularidade crescendo, inclusive, entre a população mais pobre da Baixada Santista, à revelia das estatísticas apresentadas no texto, referentes à mortalidade das operações policial naquela região.
Ao invés de tratar o eleitor mais pobre com desprezo, pressupondo que votam errado, a doutora da USP poderia se empenhar para entender esse fenômeno sociológico que leva os mais pobres a apoiarem “o legado bolsonarista”, independente de ser um “discurso antissecular” micheliano ou um “pragmatismo reacionário” tarcisista.
Como é possível uma doutora em ciência política viver de toscos clichês em vez de pesquisar e entender fenômenos políticos? Ah, tá, eu mesmo respondo: talvez a ideologia já tenha tomado seu cérebro, certo?
A gente lê um texto como este da Folha de São Paulo tentando adivinhar as barbaridades que serão ditas; porém, normalmente, somos surpreendidos com uma "criatividade" e "neologismos" cada vez mais absurdos e pedantes (existe este termo ainda?). São pessoas alienadas, bitoladas e que vivem em uma bolha abjeta, longe da realidade mais óbvia. Nojento, boçal, sei lá o que mais....haja paciência. Belo texto, NEIM !