#TúmuloDosLivros
A feira do livro do Pacaembu foi inaugurada com uma reflexão sobre o luto
É sintomático. Ainda mais com as conversas enfadonhas de Christian Dunker.
Mas nesse velório era melhor um cavaquinho.
O mercado de livros, como os leitores do NEIM já sabem, se digladia por um marketshare que perde 10% de consumidores por ano.
O livro se tornou tão desprezível no Brasil que até uma feira organizada por membros ativos do epicentro da cultura diletante tem uma estrutura de circo decadente em alguma cidadezinha na fronteira com o Paraguai.
Nove dias vendendo livros numa tendinha escrota, com aquela falta de dignidade de quem tem de usar banheiros químicos – o leitor consegue imaginar a situação sanitária no terceiro dia do evento?
É realmente insalubre.
O curioso é que os organizadores são os mesmos que vivem acusando os outros de suprimirem os direitos dos trabalhadores.
Assim é o Brasil.
Livros, bananas, maçãs, capinhas para celular...tudo a mesma coisa.
Começou com o mote perfeito: o luto. O luto pela falta de interesse dos comuns pela leitura, que é uma porta aberta para novos mundos e novas vidas.