Esse editorial da Folha está dando pano pra manga. Já é início de noite de domingo, vou deixar meu pitaco por obrigação de consciência.
A crítica maior está em relação ao auto referenciado virtuosismo de um jornal que invoca o Iluminismo como sendo algo superior às questões de fé (vinculadas à religiosidade e crença). Ao arrematar o editorial, a Folha expressa: "Questões de fé são questões privadas; não deveriam interferir no que outras pessoas julgam ser o melhor para si."
Esta aí uma semente da tirania iluminista, que acredita (acha na verdade) que sua razão é superior às comuns expressões de fé. Quando no fundo, sua razão iluminista é ilusória e enganadora, merecendo humildade e respeito ao outro. E não se posicionar como se superior fosse, podendo ditar normas à Sociedade.
"Lejeune foi um dos maiores defensores do direito à vida de crianças com Síndrome de Down. Hoje é bonitinho olhar de forma caridosa para uma criança com trissomia do 21, mas na época dele a sociedade francesa queria apenas arrumar uma forma chique de se livrar de crianças doentes"-Bom fixar isso,como pai de uma menina com T21 um dos meus problemas com a legalização é ela se tornar um crivo que defina o que pode e o que não deveria nascer.
Tem mais aborto espontâneo e natural do que provocado, de qualquer forma eu não gostaria de estar na pele de uma mulher que quer abortar, mesmo que seja legal, deve ser muito difícil lidar com isso durante a vida.
Parabéns pela análise, Diogo Chiuso. Concordo plenamente. Esses imbecis defendem a morte de um ser indefeso. Em pleno século XXI, com inúmeros métodos anticonceptivos e ainda temos celerados defendendo indiscriminadamente a morte de iocentes. Por que não se dá uns sarrafos ao editorialista da Folha e às aborteiras de passeata para que eles aguardem os nascimentos dos "indesejados" e matem eles próprioo as crianças? Pensando bem, melhor não. É capaz deles baixarem os sarrafos nos infantes.
Todos os assinantes daqui - que defendem um pastiche de iluminismo de quinta mão de botequim - cometem a petição de princípio - citada pelo Chiuso -: pressupõem uma metafísica: o ser humano é, ontologicamente, físico-mecânico; uma antropologia: o conceito de ser humano tem como a dimensão mais fundamental o seu voluntarismo e, com efeito, outras dimensões são secundárias (se existentes); e uma moral: a deliberação do sujeito é certa se isto está de acordo, somente, com a sua vontade: deste modo, o que é moral é a soberania da vontade. Os diletantes de botequim daqui ainda tentam colocar na mesma sentença aborto e dignidade - não entendendo a contradição semântica e conceitual -, que são antitéticas. Ora, o que é dignidade, caras-pálidas? É algo físico? Biológico? Químico? O que vocês aduzem, deveras, é algo ontológico: aquele tirocínio que uma mãe e um pai têm quando sabem que o feto é um ser, um fim em si mesmo, que tem o direito à vida porque é digno; essa dignidade, de fato, é irredutível à conceitos físicos-químicos-biológicos-somáticos ou qualquer embuste jurídico; uma vez que há ali uma natureza ontológica - ser humano - que instancia todas essas características da mesma forma que é instanciada em nós. Ou seja: na guisa aristotélica, ao se perguntar o que é esta substância chamado feto, se chega à conclusão que há ali, atualmente, um ser humano - causa formal - que possui potencialidades a serem desenvolvidas (racionalidade, agência, virtudes, etc) e então se consumará em uma pessoa - causa final. Nenhum imbecil acredita que um feto irá se desenvolver como um apêndice ou um coração, pois é a causa final inerente dele se desenvolver como uma pessoa, ao passo que sua causa formal é um ser humano. Logo, é um ser digno que, com efeito, não pode ser morto; portanto, quem acredita na dignidade mas, na mesma sentença coloca aborto, é um sublime e esplêndido estulto e um fragoroso analfabeto funcional. Paz.
Dignidade da pessoa humana é o parâmetro essencial para debater esses temas. Eu tenho dois filhos e assim que soube da gravidez fiz todos os exames para me certificar que eles nasceriam sadios e teriam uma vida digna. Não sou eugenista, ou o que quer que seja, mais acredito que a vida não é fácil para ninguém e temos que ter responsabilidade com as nossas atitudes perante a nós mesmos e aos outros. Meus filhos já estão avisados quanto a minha postura em relação a todos esses temas polêmicos e saberão agir quando tiverem diante dessas situações tanto em relação a mim, quanto a eles. Um abraço! Dignidade é tudo!
Pede pro staff júnior do NEIM mandar pro editorialista da Folha de S. Paulo (certamente ele tem o zap do diletante) o link dessa matéria da The Economist, edição da semana passada:
Parece que, além de tudo, o timing do editorialista da Folha de S. Paulo e dos intelectuais de padaria chique do grupo é falho. A mesma fonte da qual chupinham os argumentos para defender sua posição supostamente Iluminista e Iluminada a favor da descriminalização disse na semana passada que, EPA, peraí, parece que o assunto não está resolvido afinal.
Deveriam haver programas abrangentes pra atender a imensa população de brasileiros largados a sua própria “sorte” pra evitar que engravidem e depois tenham que lidar com uma criança que não desejaram e que acaba sendo maltratada, etc. A maioria sabe como evitar não só a gravidez como doenças sexuais, mas como alertar estes seres pra se protegerem, se precaverem antes se lançar numa transa Quanto ao estupro, acho um horror as meninas (sim meninas) e mulheres terem que arcar com uma espera infinita da justiça pra ter direito ao aborto.
Pouca mulheres se manifestando por aqui !!!Do que eu li aqui , de um assunto muito complexo, pouco se fala que quem assume a gravidez indesejada, são mulheres, muitas menores, de renda social baixa, sem estrutura familiar. O estado, os legisladores, a justiça não arcam com as consequências futuras, que vemos na nossa sociedade, com tantas crianças vivendo nas ruas.
Esse editorial da Folha está dando pano pra manga. Já é início de noite de domingo, vou deixar meu pitaco por obrigação de consciência.
A crítica maior está em relação ao auto referenciado virtuosismo de um jornal que invoca o Iluminismo como sendo algo superior às questões de fé (vinculadas à religiosidade e crença). Ao arrematar o editorial, a Folha expressa: "Questões de fé são questões privadas; não deveriam interferir no que outras pessoas julgam ser o melhor para si."
Esta aí uma semente da tirania iluminista, que acredita (acha na verdade) que sua razão é superior às comuns expressões de fé. Quando no fundo, sua razão iluminista é ilusória e enganadora, merecendo humildade e respeito ao outro. E não se posicionar como se superior fosse, podendo ditar normas à Sociedade.
"Lejeune foi um dos maiores defensores do direito à vida de crianças com Síndrome de Down. Hoje é bonitinho olhar de forma caridosa para uma criança com trissomia do 21, mas na época dele a sociedade francesa queria apenas arrumar uma forma chique de se livrar de crianças doentes"-Bom fixar isso,como pai de uma menina com T21 um dos meus problemas com a legalização é ela se tornar um crivo que defina o que pode e o que não deveria nascer.
Tem mais aborto espontâneo e natural do que provocado, de qualquer forma eu não gostaria de estar na pele de uma mulher que quer abortar, mesmo que seja legal, deve ser muito difícil lidar com isso durante a vida.
Parabéns pela análise, Diogo Chiuso. Concordo plenamente. Esses imbecis defendem a morte de um ser indefeso. Em pleno século XXI, com inúmeros métodos anticonceptivos e ainda temos celerados defendendo indiscriminadamente a morte de iocentes. Por que não se dá uns sarrafos ao editorialista da Folha e às aborteiras de passeata para que eles aguardem os nascimentos dos "indesejados" e matem eles próprioo as crianças? Pensando bem, melhor não. É capaz deles baixarem os sarrafos nos infantes.
Todos os assinantes daqui - que defendem um pastiche de iluminismo de quinta mão de botequim - cometem a petição de princípio - citada pelo Chiuso -: pressupõem uma metafísica: o ser humano é, ontologicamente, físico-mecânico; uma antropologia: o conceito de ser humano tem como a dimensão mais fundamental o seu voluntarismo e, com efeito, outras dimensões são secundárias (se existentes); e uma moral: a deliberação do sujeito é certa se isto está de acordo, somente, com a sua vontade: deste modo, o que é moral é a soberania da vontade. Os diletantes de botequim daqui ainda tentam colocar na mesma sentença aborto e dignidade - não entendendo a contradição semântica e conceitual -, que são antitéticas. Ora, o que é dignidade, caras-pálidas? É algo físico? Biológico? Químico? O que vocês aduzem, deveras, é algo ontológico: aquele tirocínio que uma mãe e um pai têm quando sabem que o feto é um ser, um fim em si mesmo, que tem o direito à vida porque é digno; essa dignidade, de fato, é irredutível à conceitos físicos-químicos-biológicos-somáticos ou qualquer embuste jurídico; uma vez que há ali uma natureza ontológica - ser humano - que instancia todas essas características da mesma forma que é instanciada em nós. Ou seja: na guisa aristotélica, ao se perguntar o que é esta substância chamado feto, se chega à conclusão que há ali, atualmente, um ser humano - causa formal - que possui potencialidades a serem desenvolvidas (racionalidade, agência, virtudes, etc) e então se consumará em uma pessoa - causa final. Nenhum imbecil acredita que um feto irá se desenvolver como um apêndice ou um coração, pois é a causa final inerente dele se desenvolver como uma pessoa, ao passo que sua causa formal é um ser humano. Logo, é um ser digno que, com efeito, não pode ser morto; portanto, quem acredita na dignidade mas, na mesma sentença coloca aborto, é um sublime e esplêndido estulto e um fragoroso analfabeto funcional. Paz.
"No entanto, um dos maiores jornais do país". Convenhamos vai. Isso não significa porra nenhuma.
Dignidade da pessoa humana é o parâmetro essencial para debater esses temas. Eu tenho dois filhos e assim que soube da gravidez fiz todos os exames para me certificar que eles nasceriam sadios e teriam uma vida digna. Não sou eugenista, ou o que quer que seja, mais acredito que a vida não é fácil para ninguém e temos que ter responsabilidade com as nossas atitudes perante a nós mesmos e aos outros. Meus filhos já estão avisados quanto a minha postura em relação a todos esses temas polêmicos e saberão agir quando tiverem diante dessas situações tanto em relação a mim, quanto a eles. Um abraço! Dignidade é tudo!
Humberto, a mulher sensata que existe em mim, cumprimenta o homem sensato que existe em vc!
Pede pro staff júnior do NEIM mandar pro editorialista da Folha de S. Paulo (certamente ele tem o zap do diletante) o link dessa matéria da The Economist, edição da semana passada:
https://www.economist.com/united-states/2024/03/14/time-is-called-on-oregons-decriminalisation-experiment
Parece que, além de tudo, o timing do editorialista da Folha de S. Paulo e dos intelectuais de padaria chique do grupo é falho. A mesma fonte da qual chupinham os argumentos para defender sua posição supostamente Iluminista e Iluminada a favor da descriminalização disse na semana passada que, EPA, peraí, parece que o assunto não está resolvido afinal.
Matou a pau, Juvenal.
Você foi no ponto Diogo!
Sensacional o artigo!
Parabéns!
Não leio a Folha, mas a crítica ao editorial, mostrando os dois lados da argumentação está lapidar.
Deveriam haver programas abrangentes pra atender a imensa população de brasileiros largados a sua própria “sorte” pra evitar que engravidem e depois tenham que lidar com uma criança que não desejaram e que acaba sendo maltratada, etc. A maioria sabe como evitar não só a gravidez como doenças sexuais, mas como alertar estes seres pra se protegerem, se precaverem antes se lançar numa transa Quanto ao estupro, acho um horror as meninas (sim meninas) e mulheres terem que arcar com uma espera infinita da justiça pra ter direito ao aborto.
Pois estou totalmente de acordo com o iluminismo diletante defendido pela Folha.
O assunto é polêmico e não existe uma solução ideal. No entanto, também estou de acordo com o iluminismo defendido dela Folha
E consegue responder aos questionamentos feitos no texto do Chiuso?
Pouca mulheres se manifestando por aqui !!!Do que eu li aqui , de um assunto muito complexo, pouco se fala que quem assume a gravidez indesejada, são mulheres, muitas menores, de renda social baixa, sem estrutura familiar. O estado, os legisladores, a justiça não arcam com as consequências futuras, que vemos na nossa sociedade, com tantas crianças vivendo nas ruas.
É preciso pragmatismo quando o assunto é aborto. Quem decide é a mulher. Ponto.
Assim como o editorial da Folha, o autor considera imbecis desqualificados os que têm opinião contrária à sua.