A primeira é achar que ele é um completo tolo vaidoso que faz bobagens sem parar. Que rende matérias explicando seus erros simples.
A segunda forma é imaginar que ele pode ter um plano viável. Que vai reduzir essas alíquotas na medida em que obtiver vantagens. Que conseguirá atrair especialmente indústrias de alta tecnologia (que nem empregam tanto) mas que preservam conhecimento e pagam salários melhores.
Empresas americanas produzem na China utilizando intensa robotização. Buscam câmbio e alíquotas favoráveis como as de hoje. Essas empresas é que o Trump quer que voltem.
Acho que ele fala sobre trazer empregos como retórica de um político. Quer na verdade atrair a tecnologia de volta.
Não creio que as lideranças de US estariam apoiando um plano sem pé nem cabeça.
Concordo com você... Há uma discrepância grande entre as taxas cobradas pelos EUA e pelos países que negociam com ele.. Trump não tem nada de maluco.. As pessoas se esquecem que os EUA têm déficit comercial astronômico.. O que ele quer fazer é reequilibrar um pouco essa situação.. Não é sustentável imaginar a longo prazo a China estar desindustrializando o mundo.. Concordo com Volney que a indústria tem perdido importância na economia.. Boa parte da economia mundial hoje é serviços.. Mas usando a indústria como mola propulsora foi que a China saiu do buraco a partir do fim do século passado. E mais.. Temos que estratificar as indústrias pois uma coisa é uma indústria de suco de laranja e outra completamente diferente é a uma indústria de processadores e semicondutores. É essa a indústria que a China persegue atualmente.
Oi Ricardo, grato pelo comentário. Sem dúvida a reindustrialização americana será um tema efervescente. No entanto há muito que os americanos querem internalizar a cadeia de suprimentos de chips e semicondutores - uma rede de mais de 7 mil fornecedores espalhados pelo mundo (vide A Guerra dos Chips por Chris Miller), e as dificuldades são imensas. Reinventar a roda, nem sempre é a melhor saída.
Sobre a cultura oriental e sua postura diante do trabalho rotineiro e cansativo, quem ainda não assistiu, eu sugiro o documentário Indústria Americana (Netflix). São contrapontos para manter nosso horizonte alargado e ... aguardar os próximos capítulos.
No Notes do substack vou postar um videozinho caricato sobre o tarifaço.
Oi Rony, procurei não me ater à questão do tarifaço pois é um tema com muitas variações e tempos. Mas sim, concordo que Trump está querendo resguardar a economia americana. Creio que o método utilizado tem alto risco de criar uma guerra comercial global. A esperar para ver.
Meu amigo, a questão do “retorno das indústrias” não pressupõe “trazer empregos de volta”. O que se quer é uma reindustrialização baseada em automação radical, com o mínimo de mão de obra e especializada. Além disso, o que se quer é realmente destruir valor de fato para estabecer novas condições competitivas. Pode parecer sandice, talvez seja, mas é inegável que o multilateralismo não oferece mais respostas.
Até lhe entendo Jacques, e sei que haverá desdobramentos nas iniciativas estruturantes – os resultados ainda a serem sentidos, provavelmente no médio prazo. No entanto me deparo (e é aqui que eu insisto), na percepção e expectativa por parte do eleitor americano. O cidadão (e cidadã) que apostou no Trump, aguarda ansiosamente a revitalização da manufatura doméstica, a criação de novas vagas de emprego e a melhoria no poder de compra da classe média.
Não basta os países subdesenvolvidos terem idiotas malucos no poder, países ricos tambem correm este risco. Fico admirado é com o fato de ninguém conter estas loucuras.
O mundo líquido de Baumann talvez nos faça ter alguma noção do quão perdido está donald trump. E cito Garrincha, para sair da teoria e vir pro mundo real:faltou a trump combinar combinar com os russos (no caso o resto do mundo).
Ponto de vista muito bem construído. Aí vêm os energúmenos, apoiadores da família retardada, defender os atos insanos do insano atual presidente escolhido pela maioria imbecil dos EUA com justificativas risíveis. Enfim, é a diversidade. Que os lúcidos vençam!
Excelente coluna. Finalmente, alguém afirmou que o modelo mental de Trump é do (início do) século passado.
Já circula um vídeo nas redes no qual Musk propõe uma zona de livre comércio entre EUA e União Europeia.
A ficha começa a cair para os isolacionistas desvairados da Sala Oval.
Há duas formas de analisar o que faz o Trump.
A primeira é achar que ele é um completo tolo vaidoso que faz bobagens sem parar. Que rende matérias explicando seus erros simples.
A segunda forma é imaginar que ele pode ter um plano viável. Que vai reduzir essas alíquotas na medida em que obtiver vantagens. Que conseguirá atrair especialmente indústrias de alta tecnologia (que nem empregam tanto) mas que preservam conhecimento e pagam salários melhores.
Empresas americanas produzem na China utilizando intensa robotização. Buscam câmbio e alíquotas favoráveis como as de hoje. Essas empresas é que o Trump quer que voltem.
Acho que ele fala sobre trazer empregos como retórica de um político. Quer na verdade atrair a tecnologia de volta.
Não creio que as lideranças de US estariam apoiando um plano sem pé nem cabeça.
Concordo com você... Há uma discrepância grande entre as taxas cobradas pelos EUA e pelos países que negociam com ele.. Trump não tem nada de maluco.. As pessoas se esquecem que os EUA têm déficit comercial astronômico.. O que ele quer fazer é reequilibrar um pouco essa situação.. Não é sustentável imaginar a longo prazo a China estar desindustrializando o mundo.. Concordo com Volney que a indústria tem perdido importância na economia.. Boa parte da economia mundial hoje é serviços.. Mas usando a indústria como mola propulsora foi que a China saiu do buraco a partir do fim do século passado. E mais.. Temos que estratificar as indústrias pois uma coisa é uma indústria de suco de laranja e outra completamente diferente é a uma indústria de processadores e semicondutores. É essa a indústria que a China persegue atualmente.
Oi Ricardo, grato pelo comentário. Sem dúvida a reindustrialização americana será um tema efervescente. No entanto há muito que os americanos querem internalizar a cadeia de suprimentos de chips e semicondutores - uma rede de mais de 7 mil fornecedores espalhados pelo mundo (vide A Guerra dos Chips por Chris Miller), e as dificuldades são imensas. Reinventar a roda, nem sempre é a melhor saída.
Sobre a cultura oriental e sua postura diante do trabalho rotineiro e cansativo, quem ainda não assistiu, eu sugiro o documentário Indústria Americana (Netflix). São contrapontos para manter nosso horizonte alargado e ... aguardar os próximos capítulos.
No Notes do substack vou postar um videozinho caricato sobre o tarifaço.
Grato, Volney!!! Irei assistir!!
A mídia está explicando errado . Os países cobram tarifas do eua muito maiores que os eua cobram deles .
Oi Rony, procurei não me ater à questão do tarifaço pois é um tema com muitas variações e tempos. Mas sim, concordo que Trump está querendo resguardar a economia americana. Creio que o método utilizado tem alto risco de criar uma guerra comercial global. A esperar para ver.
Meu amigo, a questão do “retorno das indústrias” não pressupõe “trazer empregos de volta”. O que se quer é uma reindustrialização baseada em automação radical, com o mínimo de mão de obra e especializada. Além disso, o que se quer é realmente destruir valor de fato para estabecer novas condições competitivas. Pode parecer sandice, talvez seja, mas é inegável que o multilateralismo não oferece mais respostas.
Até lhe entendo Jacques, e sei que haverá desdobramentos nas iniciativas estruturantes – os resultados ainda a serem sentidos, provavelmente no médio prazo. No entanto me deparo (e é aqui que eu insisto), na percepção e expectativa por parte do eleitor americano. O cidadão (e cidadã) que apostou no Trump, aguarda ansiosamente a revitalização da manufatura doméstica, a criação de novas vagas de emprego e a melhoria no poder de compra da classe média.
Considero mais provável o surgimento de uma nova classe média ao lado de muita instabilidade política.
Não basta os países subdesenvolvidos terem idiotas malucos no poder, países ricos tambem correm este risco. Fico admirado é com o fato de ninguém conter estas loucuras.
Ok. Mas what to do?!
José, o que sabemos até agora é que em meio a todo o ruído, ainda falta o chamado 'secret sauce'.
O mundo líquido de Baumann talvez nos faça ter alguma noção do quão perdido está donald trump. E cito Garrincha, para sair da teoria e vir pro mundo real:faltou a trump combinar combinar com os russos (no caso o resto do mundo).
Ponto de vista muito bem construído. Aí vêm os energúmenos, apoiadores da família retardada, defender os atos insanos do insano atual presidente escolhido pela maioria imbecil dos EUA com justificativas risíveis. Enfim, é a diversidade. Que os lúcidos vençam!
Quanta teoria inútil. Que artigo ridículo. Perda de tempo.