47 Comentários
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Avatar de Volney Faustini

É questão *privada* tudo que acontece de Brasília para o mundo. Cartinha de Lula, regabofe londrino, e por aí vai. Tá demorando pra mais gente ficar indignada.

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Avatar de Lais Boveto

Isso, Volney... o pior é pensar que a indignação vai explodir para uma bobagem qualquer, com bênçãos de um molusco q faz L ou q faz arminha... ou seja, tudo como dantes... que canseira.

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Avatar de Humberto Rocha

Laís sua expressão "que canseira" ė a expressão que estava procurando ao ler este artigo! Me faz recordar aquela canção " 230 km... pare um pouquinho, respire um pouquinho, 230 km. 231km ....."

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Avatar de Lais Boveto

😄😄😄

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Avatar de Fernanda Ribeiro de Carvalho

Verdade, vou substituir o “que ódio “ por “que canseira” ...

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Avatar de Lais Boveto

Pq sentir ódio cansa.. 🥲

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Avatar de Otavio

Vai acontecer Volney, o problema é o q nossa colega escreveu. Desta vez caíra no colo de quem ?

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Avatar de Lais Boveto

Junta isso com a festa de aniversário do rei Sarney e o cenário se completa lindamente.

Lembro do servidor do INSS que teve processo administrativo aberto pq xingou Gilmar no aeroporto em horário de trabalho kkkk... ele acabou pedindo demissão, por óbvio uma saída muito mais econômica.

A manifestação do Gilmar Mendes sobre isso é uma piada:

"Ao agir dessa forma, o imputado almejou intimidar Ministro do Tribunal, para desestabilizar o funcionamento da instituição. Não é necessário grande esforço para demonstrar que a iniciativa se encaixa em um movimento articulado e coordenado de ataques aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, organizado por extremistas e detratores da democracia".

Eles são os detratores da democracia, eles intimidam as pessoas que pagam os salários deles... sinceramente, é difícil entender quem ainda vê instituição em funcionamento, quem ainda leva a sério o que essa gente diz...

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Avatar de Gatti A Corona

E o Juiz suspeito é o Sérgio Moro.

- Aham!

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Avatar de Lais Boveto

Claro. E fazem isso tudo para esfregar na cara de pessoas que são semelhantes ao Moro. Por isso Gilmar quis e conseguiu humilha-lo qd o chamou de ladrão de galinha, ou seja, o tratou como medíocre. É para mostrar que o poder sorri aos ladrões dos cofres públicos e não para quem trabalha com decência...

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Avatar de Otavio

É muita cara de pau , a festa do Sir ney e o convescote londrino do gilmar .

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Avatar de Camilo Pedroso

Impressão minha ou a AI gerou um micro pênis pro Gilmar? Hahahahahahaha é a única forma de encarar a realidade brasileira.

Quem vai se indignar, já que qquer coisa vira “coisa da extrema-direita” no Brasil? Será que temos força pra se indignar e recusar bandeiras políticas (como fizemos com a Dilma) sem cair no colo de Bolsonaro?

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Avatar de Angélica Silva

🤞🤞🤞🤞🤞🤞🤞🤞

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Avatar de Sandra Machado

Enquanto isso aqui no Bananão os preços nos supermercados disparam. O trabalhador médio encontra-se endividado e o governo empurra mais tributos no povo.

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Avatar de Thomas M

No final das contas, quem pagou tudo isso, como sempre, fomos nós... 😡

Obs.: a imagem do 'excrementíssimo supremo' na privada ficou genial

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Avatar de Silvia Zanatta

Sim, privada e excrementíssimo GG, com 🐣PP

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Avatar de Renato Rodrigues Alves

A melhor foto que representa com fidelidade as instituições brasileiras: pesadas para os contribuintes e ineficientes para o cidadão.

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Avatar de Carlos Matta

Mas segundo Reinaldo Azevedo, as instituições no Patropi não seriam bananeiras e funcionariam.

Como os ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e o resto, tio Rei também esperneia ser levado a sério.

Inutilmente.

Como os tipos "livres como um táxi", jaz completamente desmoralizado.

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Avatar de Carlos Matta

Em O Antagonista em 27/04/24:

Os perigos de governar com o STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin atendeu a um pedido do presidente Lula para suspender a desoneração de impostos sobre a folha de pagamento de 17 setores da economia. O fato de Zanin ter sido indicado recentemente por Lula (ao centro na foto) já seria problemático o bastante para que o ministro tomasse uma decisão como essa sozinho, em liminar. Mas há outros dois elementos que deixam a história ainda pior.

Zanin foi advogado pessoal do presidente da República, como ficou sabendo o bilionário Elon Musk recentemente. Além disso, a Advocacia Geral da União (AGU), que defende os interesses do governo, fez questão de que o ex-advogado de Lula relatasse esse pedido, sob o argumento de que Zanin já era relator de uma ação apresentada pelo Partido Novo que contesta a medida provisória que estabeleceu a reoneração.

A Presidência da República argumenta que a lei da desoneração, aprovada pelo Congresso Nacional e promulgada no fim de 2023, não demonstrou o impacto financeiro da medida, como exigido pela Constituição. Mas esse debate técnico, que é legítimo, se perde na forma como o governo Lula encaminhou a questão, claramente atropelando o Congresso, em parceria com o STF.

Vulgarização do STF

A tabelinha escancarada é mais um passo no rumo da vulgarização do STF, que tem se prestado nos últimos anos, por provocação de agentes políticos ou por conta própria, a um protagonismo exagerado em Brasília. E o problema vai além do institucional.

O governo Lula não está exatamente em condições de provocar o parlamento. Nenhum governo brasileiro está nessa posição desde a redemocratização, que o digam Fernando Collor de Mello e Dilma Rousseff. Mas os atritos recentes do Palácio do Planalto com a Câmara — e do Senado com o STF — são elementos a serem considerados na hora de tomar decisões como essa, que esticam ainda mais a corda.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG, à esquerda na foto), foi sutil, como de costume, mas passou recados claros ao anunciar o recurso contra a liminar de Zanin. “Que o STF decida com base na realidade”, disse o senador, para quem o ex-advogado de Lula não decidiu exatamente baseado em fatos.

“Não podemos politizar“

“A lei que foi aprovada prevê de maneira muito clara, categórica e material […] a estimativa orçamentária e financeira exigida. Tanto para a desoneração dos 17 setores quanto para a desoneração dos municípios”, disse Pacheco, destacando sua surpresa com a iniciativa de Lula, “principalmente pelo momento que nós estamos vivendo, de discussão de busca de alinhamento entre governo federal e o Congresso Nacional”.

Pacheco destacou que, nos últimos meses, o Congresso aumentou em 80 bilhões de reais a arrecadação do governo com a aprovação de projetos como o que regulamentou as apostas esportivas, muito mais do que os 10 bilhões de reais em que a desoneração dos municípios oneraria o Tesouro, e deixou insinuado que a AGU foi desleal ao questionar questões com as quais o governo não se importara até agora.

“É preciso, então, ter agora uma ampla discussão sobre gasto público por parte do governo federal. Qual é a proposta do governo além de arrecadar, qual é a proposta de corte de gasto para poder equilibrar as contas?”, questionou, passando o recado mais importante: “No Supremo, nós não podemos politizar, é estritamente jurídico”.

Batalhas

Zanin encaminhou sua liminar para julgamento dos colegas do STF, em plenário virtual, “a fim de que todos os Ministros do Supremo Tribunal Federal também possam se pronunciar sobre a relevante questão presente no pedido liminar veiculado nesta ação de controle concentrado”.

Caso referendem a decisão — já há cinco votos nesse sentido, e falta apenas um para a maioria, mas Luiz Fux pediu vista e paralisou o julgamento) —, os ministros dividirão o fardo da atuação política com o ex-advogado de Lula.

O governo terá, assim, vencido uma batalha na tentativa de deixar de pé o que sobrou das promessas de responsabilidade fiscal, mas ao custo de um desgaste na guerra política que escolheu travar com o parlamento. Neste caso específico, o desgaste recai também sobre o STF, e esse é o último perigo do caso em questão.

Impeachment em gestação

Quando os ministros do Supremo se prestam a atuar politicamente de forma tão evidente, como apontado pelo presidente do Congresso, eles se colocam na posição de atores políticos e, assim, abrem espaço para reações políticas.

Não se pode esquecer que Aloizio Mercadante só comanda o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por força de uma liminar de Ricardo Lewandowski, que já deixou o STF e assumiu o Ministério da Justiça de Lula, para suspender os efeitos da Lei das Estatais.

Essa é apenas mais uma das colaborações evidentes do STF com o governo Lula, entre outras tantas mais sutis. Essa harmonia conflita com as investigações que açoitam a oposição bolsonarista e enervam parlamentares da direita, de onde, espera-se, sairá a reação mais contundente ao protagonismo do Supremo.

O primeiro impeachment de um juiz da Suprema Corte está sendo gestado lentamente no Senado há alguns anos. Ele ainda parece muito distante, mas amadureceu consideravelmente nesta semana.

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Avatar de Carlos Matta

Em O Antagonista em 26/04/24:

STF ajuda a mascarar problema nas contas públicas

Após liminar do ex-advogado pessoal de Lula e atual ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Cristiano Zanin, suspendendo a desoneração da folha de pagamento de 17 setores e da contribuição previdenciária de parte dos municípios brasileiros, a equipe econômica está refazendo as contas para empurrar para depois das eleições municipais a mudança na meta fiscal deste ano.

A medida, que está sob avaliação do plenário virtual já tinha três fotos favoráveis à liminar às 16h: o do relator, ex-advogado pessoal de Lula Cristiano Zanin, o de Flávio Dino, ex-ministro da Justiça do atual governo, e o de Gilmar Mendes. Caso a corte mantenha a decisão, o governo pode elevar a previsão de arrecadação em quase 15 bilhões de reais na próxima avaliação orçamentária bimestral, tomando por base o cálculo apresentado pela AGU (Advocacia-Geral da União) ao tribunal.

“A lacuna é gravíssima, sobretudo se considerado o fato de que a perda de arrecadação anual estimada pela Receita Federal do Brasil com a extensão da política de desoneração da folha de pagamento é da ordem de R$ 10 bilhões anuais“, seriam as contas da AGU apresentadas na petição ao STF, de acordo com nota da assessoria de imprensa do órgão.

Ajuda

Outros 12 bilhões de reais seriam o custo fiscal do benefício aos 17 setores que têm a folha de pagamentos desonerada. Portanto, descontados não pago nos primeiros quatro meses deste ano (quando a medida ainda tinha validade), o governo pode “contar” com 14,5 bilhões de reais aproximadamente a título de arrecadação esperada no ano em função da decisão judicial.

Dessa forma, a receita extra cobriria parte do desequilíbrio fiscal momentaneamente evitando um bloqueio de despesas significativo, o que foi proibido por Lula ainda no ano passado sob pena de abandono da meta. Obviamente, o descasamento das contas públicas é muito maior, mas a estratégia de levar a discussão para o tapetão resolve o problema da mudança da meta antes das eleições municipais.

De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta semana pelo Banco Central, os economistas que participaram da pesquisa estimam que as despesas do governo devem ultrapassar a receita em mais de 63 bilhões de reais este ano. No entanto, as contas não consideram a derrubada da desoneração da folha, que poderia reduzir o déficit para 43 bilhões de reais.

Matemágica

Assim, a equipe econômica ainda precisaria, tudo o mais constante, de outros 15 bilhões para chegar ao mínimo aceito pela regra do novo arcabouço fiscal, algo em torno de 28 bilhões de reais de despesas acima das receitas.

E assim, o matemágico Haddad, que não tem cartola, mas recebeu o apoio de assistentes de capa, consegue atrasar ainda mais a realidade enquanto espera por um milagre.

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Avatar de Carlos Matta

Em O Antagonista em 26/04/24:

Com Lula e Pacheco no ringue, torça pela briga

Este é um daqueles casos em que vale torcer pela briga, uma vez que nenhum dos lados merece simpatia.

Refiro-me à luta do governo Lula com o Senado, presidido por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em torno da cobrança de impostos que incidem sobre os vencimentos de funcionários municipais.

A história vem desde o ano passado, quando o Congresso aprovou uma lei que proporcionava benefícios tributários até 2027 a grande parte dos municípios brasileiros (aqueles com menos de 142.633 habitantes) e a 17 setores da economia.

Lula vetou.

O Congresso derrubou o veto.

No round seguinte, o governo editou uma medida provisória, revogando os benefícios integralmente para as cidades e parcialmente para as empresas.

STF como árbitro

O Senado disse que não aceitaria e chegou-se a um acerto: por meio de uma nova MP, o governo “revogou a revogação” relativa aos 17 setores da economia, abrindo caminho para que ela seja tratada em um projeto de lei, com negociação mais alongada.

Sobrou a questão do imposto previdenciário que incide sobre a folha de pagamento das prefeituras.

O governo, então, decidiu judicializar a coisa toda. Disse ao STF que o Congresso reduziu os encargos sem medir o impacto fiscal da medida e que isso contraria a Constituição.

Nesta quinta-feira, 25, o ministro Christiano Zanin — aquele, que foi advogado de Lula — concordou com os argumentos da União e suspendeu os benefício tributários.

A votação acontece no plenário eletrônico do STF e, até a tarde desta sexta, Gilmar Mendes e Flávio Dino haviam acompanhado o entendimento do relator, deixando o placar em 3 a 0.

O governo tem razão

Já tratei da desoneração da folha de pagamento para setores escolhidos a dedo em um artigo anterior. Vou me concentrar na questão dos municípios.

O governo parece ter razão quando diz que o Congresso não avaliou o custo do corte de impostos que implementou.

Pode-se escarafunchar o site do Senado, onde o projeto nasceu, em busca de um estudo de impacto financeiro. Nada será encontrado de forma explícita.

Quando o assunto passou pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da casa, o relator Angelo Coronel fez apenas observações genéricas sobre o fato de que reduzir a tributação dos municípios “não impacta o setor público de forma global, pois deixa-se de arrecadar de um ente federativo para outro”.

O senador alegou também que a lei dá “fôlego financeiro para que esses entes possam melhorar os seus serviços de saúde básica e educação infantil”.

Cidades sem arrecadação

Faz tempo que a criação de municípios no Brasil deixou de levar em conta a sua viabilidade econômica – se é que um dia houve preocupação com isso.

Há milhares de cidades que não arrecadam o suficiente para entregar serviços básicos à população, ou seja, não têm comércio, indústria ou atividade no campo que justiquem sua existência como um ente autônomo. Essas cidades acabam sendo sustentadas integralmente por repasses dos estados e da União. A principal fonte de renda da população são os salários pagos pela prefeitura.

Cidades desse tipo são um bom negócio para os políticos que as controlam. Só para eles – e para os senadores e deputados que advogam a seu favor em Brasília, na esperança de colher apoio para suas próprias campanhas de reeleição.

Reduzir a cobrança de encargos sobre a folha de salários dessas prefeituras não é mais do que gambiarra, uma politicagem feita em nome do municipalismo – a ideia de que é preciso fortalecer os municípios na federação –, sem promovê-lo de fato.

O governo não tem razão

Criar despesas ou cortar receitas sem fazer contas é um dos hábitos mais perniciosos do Congresso. Senadores e deputados se entregam a isso alegremente, como se não houvesse amanhã.

Ao mesmo tempo, não há como simpatizar com a sanha de arrecadação do governo, que deseja cobrir todas as necessidades de ajuste fiscal espremendo os contribuintes.

Não faz nem dez dias que Lula admitiu que as metas com que se comprometeu durante as discussões sobre o arcabouço fiscal não serão cumpridas. Ele empurrou para o próximo governo, seja ele qual for, a obrigação de apertar o cinto e reduzir os gastos públicos, com aquela velha justificativa, à la Dilma Rousseff, de que “gasto é vida”.

Na verdade, “gasto é voto” – a ferramenta que ajuda um governante a sair bem no filme às vésperas de uma eleição. O político se beneficia no curto prazo e o país, se estrepa no longo.

Problemas profundos

A briga entre Lula e Pacheco é sintoma de problemas profundos, que não têm solução a curto prazo: um Estado guloso de impostos, uma federação mal desenhada.

Políticos sérios tentariam abordar o assunto, mas isso não vai acontecer no octógono que está montado.

O melhor, portanto, é que nenhum dos dois lados comemore uma vitória por nocaute.

Se o STF suspender definitivamente a lei, como parece que vai acontecer, o Congresso deve pressionar o governo para que volte à mesa de negociações. Idealmente, todos sairão do embate cansados e insatisfeitos, levando apenas uma parte daquilo que desejam.

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Avatar de Carlos Matta

Na revista digital Crusoe em 26/04/24:

Governo impõe sigilo sobre carta de Lula ao ditador Putin

O governo Lula impôs sigilo a uma carta enviada pelo petista ao autocrata da Rússia, Vladimir Putin.

A informação é do Estadão, publicada nesta sexta-feira, 26 de abril.

A carta foi enviada em março, após à reeleição de Putin, em pleito marcado por fraude.

A justificativa oficial para o sigilo é a proteção da “vida privada e da intimidade” de Lula, categorizando a correspondência como pessoal.

Celso Amorim

O assessor especial da Presidência e chanceler de fato Celso Amorim (foto) foi até São Petersburgo, na Rússia, para apoiar o ditador Vladimir Putin, que em 2022 ordenou a invasão da Ucrânia.

Na quarta-feira, 24, da reunião do Conselho de Segurança Russo, que contou com uma participação por vídeo do ditador Putin. Apenas países aliados com a Rússia participaram.

“Nós estamos experimentando a emergência de fatos perigosos que estão interligados: terrorismo, violação do direito internacional, o uso de armas proibidas, sanções unilaterais e o uso crescente de novas tecnologias para propósitos ilícitos“, disse Amorim.

Ora, quem violou o direito internacional foi a Rússia, ao invadir a Ucrânia. Ao ir até São Petersburgo para participar de uma conferência de segurança, organizada pelo Kremlin, o sinal que Amorim envia é exatamente o oposto do discurso que ele prega, pois ele está apoiando o governante que cometeu essa violação.

Quando condena as “sanções unilaterais“, Amorim também fica ao lado de Putin, pois essa foi a principal maneira de o Ocidente punir o ditador que iniciou a guerra. Além disso, as sanções buscam enfraquecer a máquina de guerra russa.

“Nós também estamos vendo o retorno de um sistema de segurança baseado em alianças militares que, no passado, levaram à guerra“, afirmou.

Ao invadir a Rússia sem propósito algum em 2022, Putin não consultou ninguém. Dizer, portanto, que o problema do mundo são as alianças militares é ignorar o fato mais importante na área de segurança dos últimos dez anos.

“Amorim aparentemente se esqueceu de mencionar que a Rússia não precisou de nenhuma aliança para fazer a guerra no presente, e ainda o faz“, diz o embaixador Paulo Roberto de Almeida. “Mas ele só pode estar se referindo à Otan.”

Quando Amorim diz que o problema

do mundo são as alianças militares, o brasileiro está fazendo coro com

Putin ao condenar, sem citar, a

Organização do Tratado do Atlântico Norte, Otan.

Putin culpa a Otan pela sua invasão

da Ucrânia, mas a aliança não

realizou nenhum ataque que pudesse provocar uma guerra. A iniciativa foi toda de Putin.

A parada de Amorim na capital russa é a segunda desde que Lula tomou posse, há 16 meses.

XXXXXX

Como se vê, não são só ministros do STF que buscam esconder quem lhes paga as contas. Pois é.

Enquanto isso, Reinaldo Azevedo tenta que Celso Amorim deveria ser considerado pois teria muita "experiência internacional". Estamos vendo de que tipo.

Ministros do STF, Pingão, Celso Amorim e tio Rei esperneiam ainda ser levados a sério.

Waaaaaallllllllll!

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Avatar de Carlos Matta

Na revista digital Crusoe em 26/04/24:

Eles, os juízes, vistos pela sociedade

Em sua coluna semanal para Crusoé, Izabela Patriota destaca a PEC do Quinquênio que prevê uma parcela mensal de valorização com base nos anos de serviço para membros do Judiciário e do Ministério Público.

Quem quer bancar o aumento do salário de juízes? A situação atual do Brasil hoje se parece com uma partida de Banco Imobiliário, ou Monopoly, em que os juízes já possuem todas as propriedades e propõem uma regra para aumentar ainda mais suas fortunas a cada cinco rodadas.

A proposta de emenda constitucional, a PEC do Quinquênio, é apenas mais um capítulo na contínua saga da elite judicial brasileira. O importante para essa turma é garantir seus próprios privilégios, a despeito das necessidades judiciais da população. E é ela que sempre paga a conta.

O conceito por trás da PEC parece tão simplista quanto o nome sugere: a cada cinco anos, um aumento garantido de 5% aos membros do Judiciário, Ministério Público e Procuradorias, independentemente do desempenho ou das condições econômicas do país. O aumento, estendido até mesmo a aposentados e pensionistas, revela a desconexão entre realidade do Brasil e os interesses das classes dominantes no país. A recompensa não está ligada à melhoria da atividade judicial aos brasileiros, mas tão somente à inércia.

A PEC do Quinquênio não é apenas uma medida injusta, mas também um lembrete doloroso das disparidades sociais que assolam o Brasil. Enquanto membros do Judiciário discutem sobre os méritos dessa proposta, o resto do Brasil olha perplexo para essa demonstração descarada de patrimonialismo histórico.

Hoje, o brasileiro que tiver uma renda mensal de 5 mil reais e mora no Distrito Federal recebe 11,3% do

salário-base de um deputado federal, 14,8% do salário de um juiz, 23,9% do que ganha um médico e 57,0% do salário de um professor da educação básica. Porém, a renda per capita do brasileiro está por volta de 2 mil reais, o que torna a disparidade de salários entre funcionalismo e população ainda maior.

"Um exemplo perfeito de como a

corda vem sendo esticada pelo

Judiciário no Brasil foi a proposta feita pelo desembargador Ricardo Paes Barreto, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, em construir uma

"calçada da fama"' para o Judiciário do estado.

Apesar de já ter sido descartada após a ampla repercussão negativa, tanto a calçada da fama para o Judiciário como a PEC reforçam como a confusão entre o que é público e o que é privado ainda é muito alta.

Em última análise, a PEC do

quinquênio não é apenas uma

questão de aumentos salariais, mas

sim uma reflexão sobre a ganância dequem realmente detém o poder no Brasil e quem paga o preço por essas decisões. Enquanto os juízes

celebram seus aumentos garantidos, o resto do país enfrenta as consequências de uma elite judicial descolada da realidade

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Avatar de Carlos Matta

Na revista digital Crusoe em 26/04/24:

Descuido com o fiscal indica que Lula não pensa na reeleição?

“No longo prazo, todos estaremos mortos.” A frase, do economista britânico John Maynard Keynes, foi escrita em 1923, com a Europa saindo da Primeira Guerra, e defendia uma ação urgente do Estado para ajudar a organizar a vida de pessoas que se encontravam em situação muito precária.

Um século depois, é bem possível que Lula e Fernando Haddad, durante reuniões sobre o debate da meta fiscal, tenham se sentido estimulados a parodiar Keynes e dizerem, diante da decisão de não mais obter o equilíbrio fiscal até 2026, que, no “longo prazo, todos estaremos sem mandato”. Muda-se do “gasto é vida”, outra frase eternizada, mas dessa vez pela ex-presidente Dilma Rousseff, para o “gasta-se enquanto há vida”, citação que ainda espera um pai.

Lula tem sido muito transparente sobre suas intenções em relação à administração do país. Quer construir um legado de crescimento e bem-estar e, movido por uma enorme intuição, quer chegar lá por um caminho autoral, ignorando limites e lições que sequer vêm de livros de Economia, mas da dura experiência de fracassos recentes da história brasileira.

Como, a esta altura do campeonato, é impossível não saber onde esse caminho vai dar, pode-se imaginar que, muito mais do que cálculos econômicos, Lula faz uma conta de tempo político, coisa das mais comuns na política brasileira. Gastar e crescer para chegar em boas condições na próxima eleição, como inúmeros governadores e prefeitos fazem em todos os lugares, e deixar a conta para ser paga em um segundo mandato ou na gestão do sucessor.

A questão, no entanto, é que há muito tempo até 2026 e o país já vive um sério déficit de confiança na autoridade econômica, em razão exatamente de os agentes econômicos, empresários e consumidores, terem a memória fresca do que aconteceu na crise de 2015/2016, quando a economia do país caiu quase a mesma proporção do que despencou no primeiro ano da pandemia da Covid. Ou seja, é bem possível que a decisão de gastar não sustente uma situação de bem-estar e o projeto de legado faça água na segunda metade do governo.

Um indicador nesse sentido é a

reação quase em tempo real do

mercado - queda da Bolsa e

valorização do dólar - às declarações de Lula e o problema de credibilidadevda autoridade econômica quando o assunto é desempenho fiscal. Pesquisa recente do instituto Quaest com operadores mostrou que quase

100% não acredita que o governo

cumprirá o que promete nesse

campo

Para complicar, ainda há outras três

variáveis importantes. Primeiro, os

juros nos EUA estão demorando a

cair, Lula pode indicar uma pessoa da sua influência para suceder Campos Neto no Banco Central - que tem servido como âncora de expectativas do mercado - no final do ano e a força do novo arcabouço fiscal foi muito minada após o Congresso aprovar uma gambiarra para poder aumentar gastos por meio de uma emenda em um projeto que previa o retorno da cobrança do DPVAT, praticamente sem discussão. Difícil imaginar uma conjuntura mais ameaçadora.

Na prática, a leitura dos relatórios de projeção do PIB para 2024 afirma que o crescimento deste ano viria do aumento do consumo e do

investimento que, por sua vez, seriam estimulados pela queda da taxa de juros. No entanto, isso não vai acontecer. Nos últimos dias, os

bancos têm aumentado a projeção

dos juros de 9%, em média, para

patamares em torno de 10,5%.

O aumento da renda dos

trabalhadores e a perspectiva de

investimento público, além de crédito direcionado para públicos específicos, é a aposta do governo para sustentar crescimento, além de engenharias regulatórias no campo do crédito. Juros abaixados na marra só em 2025. Essa situação será suficiente para garantir o "espetáculo do crescimento"', sem que o cenário mais amplo melhore?

A pressão fiscal que, vindo

originalmente do governo, inspira

também Congresso e Judiciário a

fazerem o mesmo, cria uma situação ameaçadora que pode estourar antes mesmo das eleições. Por exemplo, há gente no mercado achando que é impossível o governo não fazer um forte ajuste depois das eleições municipais. Mas e se não fizer?

○ fato é que não se sabe quanto

"curto prazo" o governo tem antes da coisa se decidir. Talvez o cenário mais provável seja o país continuar

andando de lado (e essa pode ser a

boa notícia). A aposta de Lula é

arriscada e tem ares de "tudo ou

nada", algo típico de quem não liga

realmente para o os eventos futuros, o que leva à especulação de que talvez ele não pense mesmo em 2026 e já tenha decidido usar tudo o que puder agora e deixar a agenda negativa de ajustes para outros. Será?

Disponível em:

https://crusoe.com.br/edicoes/312/descuido-com-o-fiscal-indica-que-lula-nao-pensa-na-reeleicao/.

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Avatar de JOCR

Esses encontros no exterior, reuniões de alcova para arquitetar planos e projetos de governo envolvendo autoridades podendo chegar a ter outro nome: conspiração. Independência dos poderes ? Aonde?

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Avatar de Marcelo

Diogo, de acordo com Pimenta Bueno esse bando aí foi ao festival de flauta dos Nambiquara, realizado em Londres este ano. O cacique Gilmar comeu fartamente à custa de recursos alheios Além disso, não precisou cagar no mato. Utilizou gratuitamente vaso sanitário, para esvaziar a panca. Vaso dourado. Igual esse aí da imagem.

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Avatar de Marcia Muliterno Basso

É impressão minha, ou o vaso está ficando cada vez maior? Procede, a m… está aumentando.

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Avatar de ceferreira

Nossas mais nobres instituições estão sendo aviltadas pelo comportamento desrespeitoso, inadequado, reprovável desses senhores.

Não têm a menor noção da liturgia dos cargos que ocupam. Aceitam essa promiscuidade com a maior desfaçatez.

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Avatar de Paulo Cesar

De novo: até quando a sociedade vai assistir quieta a tanta promiscuidade?

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Avatar de Regina

‘Está faltando pudor’ – A Lei da Magistratura exige que juízes tenham “conduta irrepreensível”.

"Não há necessidade de leis quando há pudor".

(Editorial Estadão).

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Avatar de Anita de Moraes Slade

Pra completar, só mesmo a PEC do quinquênio...

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Avatar de Guillermo Parra-Bernal

Gostei desse tom de bilis. E da analise. Em vez de perder o tempo atacando Elon Musk, perca o tempo atacando o STF. 💥✌️❤️

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